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Saturday, November 05, 2005

DESCAMINHOS DO SAGRADO

22058 CARACTERES - 7 PÁGINAS - VIAS-0 - MERGE DOC DE 2 FILES WRI SOBRE O SEMINÁRIO DE NOVEMBRO DE 1996 - 12288 BYTES-vias-1

CAMINHOS E DESCAMINHOS DO SAGRADO
Lisboa, 7/ 11/1996 - Até René Descartes, um dos fundadores do pitosguismo moderno e pós-moderno, viu que a questão do método era (e é) a questão crucial do conhecimento.
Outro pitosga, Jean Paul Sartre, também notou e escreveu «Question de Méthode» .
Cada orador que fala do sagrado, da vivência do sagrado, devia ser obrigado a declarar, em nome da constituição da república, qual a via, o método, o atalho, o beco sem saída, o cul de sac ou o buraco que seguiu para a função.
Devia, portanto, começar pelo princípio, que é por onde La Palice começa sempre os seus discursos académicos.
Ou seja, devia explicar à malta qual foi a via seguida para :
a) Vivenciar o sagrado
b) Vivenciar o sagrado
c) Vivenciar o sagrado

À excepção do Prof. Carlos Silva, que é sempre e em tudo uma excepção, em qualquer parte do mundo, não foi esse o caminho transparente e nítido que vimos nos distintos oradores, até à data, deste colóquio.
Indicaram-se antes o descaminhos seguidos o que também pode ser considerado um método, melhor ainda, o método do anti-método. A dialéctica dá pra tudo, graças a Deus e a Hegel.
A determinada altura dominou o método institucional-universitário, como a função implicava, conhecido também por método pitosgo-científico, que se caracteriza por alguns tiques, truques e traques muito nossos conhecidos destas lides, em que temos sempre um cientista a explicar-nos que somos umas bestas, como por exemplo:
a) Não se auto-enxerga: vê um argueiro no olho do parceiro mas não vê uma trave no seu. Foi o caso do Prof. Espírito Santo, que ao falar do dito não se deu conta de que ele próprio o tinha no nome (e nem gritou sacrilégio, sacrilégio)
b) Recomenda aos outros o que não faz para si: e ao falar da irreformável Igreja Católica (que é um facto, mas ainda bem para a Igreja Católica) esquece que a própria sociologia é irreformável e ainda mais para a (dita e dura) Sociologia das Religiões, que é o fim da picada. Julga-se para a frentex, naquela ilusão iluminista que põe o progresso prá frente quando o progresso, como toda a gente sabe, está pra trás e remonta a 60 mil anos antes de nós, ou seja, à 1ª Idade de Ouro conhecida.
Julga-se pra frentex e começa com uma lapalissada iluminista, maçónico-iluminista (vivó Progresso e a República), que aliás está agora na mó de cima com os maçónicos todos no Poder governativo e arredores: individualismo não é egoísmo, individualismo é uma doutrina muito séria (até engendra, imagine-se, a Solidariedade e o Ministério da Solidariede) , ou o Montepio geral do Padre Milícias, enquanto o egoismo é um defeito horrível dos egoístas.
Bruxo.
d) O método pitosgo-sociológico, que já está a dar as últimas, desde Maio 68, ainda vai estrebuchar uns tempos até que a malta grite «basta, abaixo os mistificadores do sagrado». Até que a malta , em Maio 68, diga que o último sociólogo deve ser enforcado nas tripas do último psicólogo (e vice-versa)
e) Quando se diz que o método pitosgo-lógico não se enxerga nem enxerga um palmo adiante do nariz, está-se também a dizer que não enxerga a história recente, com mais de 20 anos, e os slogans que encheram paredes e ruas de Paris com forcas para os institucionais da Asneira e gritos de «Imaginação ao Poder».
20 anos depois, é o Poder com F que continua no Poder.
f) O pitosgo-lógico, por exemplo, está sempre a dizer: «Não tenho nada contra isto e aquilo», sou superior a essas baixezas mas não tenho nada contra. Mas, depois, vai-se a ver e logo na linha seguinte tem tudo contra isto e aquilo menos contra o seu próprio psicopitosguismo.
g) Exemplo dessa distracção dos sábios surge quando, a propósito de uma assunto completamente alheio - dir-se-ia que nos antípodas - se fala em serial killers, coitadinhos, cujas estatísticas mostram carências afectivas de cuidados maternais dos serial-killers, coitadinhos. O pitosguismo neo-freudiano é:
- Analisável no divã do psicanalista de serviço, caso o Dr. Daniel Sampaio esteja superocupado em vinte mil livros, vinte mil artigos, vinte mil intervenções rádio-televisivas, ou a receber um telefonema SOS da Isabel Stillwell, que é tia, como todos sabem, da Rainha Santa Isabel
- Não tem nada a ver nem com o sagrado nem com as terapias psicoenergéticas dos níveis de consciência vibratória;
- Já foi ultrapassado por várias tendências e escolas que, por sua vez, já foram ultrapassadas . Quem se diz sempre tão à la page com os últimos gritos da ciência ordinária , positivista e experimental, devia estar mais atento aos anacronismos do discurso
- Dizer que a ciência não tem nada a ver com o sagrado, quando a única ciência a que se pode dar esse nome é precisamente a das 12 ciências sagradas, mais do que ultrapitosguismo é pura e simples ignorância, ininputável, raiz de todas as psicopatologias, ou releva da anedota, ou então é caso de polícia e tribunal no caso da se provar a não ininputabilidade.
E por duas razões:
1 - Toda a psicopatologia é um grau de consciência vibratório específico mas abaixo de zero
2 - Toda a psicoterapia, breve ou longa, assim ou assado, cru ou cozido, tem que postular:
- o continuum energético entre macro e microcosmos, o que está em cima é igual ao que está em baixo (lei da analogia)
- a composição trinitário do ser humano (corpo, alma, espírito)
- a coluna vertebral vibratória das 4 pirâmides
- a posição de cima para baixo, como indica a árvore sefirótica (a visita do espírito santo, como diria o meu dilecto amigo António Telmo, o estado de graça como diria o Prof Carlos Silva ) e não inversamente, a subida até lá como fazem todas as práticas inversas de raiz hinduísta ou perto
- etc.

Se, como lembrou Carlos Silva, Stª Teresinha tinha o culto das flores, isso foi apenas uma experiência de sincronicidade como diria o Jung com o Dr. Richard Bach, que teve a mesmíssima intuição, sabe-se lá se no mesmo meridiano terrestre, se no mesmo fuso horário, e a colocou ao serviço do ser humano com o nome de «Remédios Florais do Dr. Bach» , a mais poderosa psicoterapia utilizando substâncias vivas hoje à disposição. Os remédios florais são, repito, a mais poderosa psicoterapia ponderal, porque actuam no 4º nível ou 4º corpo vibratório, sede da alquimia da alma e, portanto, de todas as doenças da alma que são todas as doenças do corpo, etc., etc.(a retórica psicosomática).
Quem fala de psicoenergias e, dogmaticamente, em nome da sagrada ciência deles, diz que o ser humano é só a platitude, a chatice e a chateza do corpo físico - não animado de energias cósmico-vibratórias - arrisca-se a várias alíneas:
a) a fazer o seu auto-retrato e a ficar no guinness da ignorância
b) a perder o comboio da psicologia transpessoal, o último dos comboios cosmicamente à disposição
c) a não conseguir curar uma única patologia, pois todas a patologias nascem de cima para baixo e exactamente porque se cortou (a medicina dita científica cortou) a ligação entre o cimo e o baixo é que as patologias crescem e proliferam como cogumelos em dia de inverno
d) andar a enganar cientificamente a malta
e) a ser irreformável como diria o sociólogo Espírito Santo
f) a ser cúmplice pelo estendal de tristeza, miséria, depressão, esquizofrenia, stress e morte que é hoje, na era do vómito Virtual/Internet, o panorama da doença mental (psicopatologias) em todo o mundo
g) o psicoterapeuta que não começa por fazer a sua psicoterapiazinha (e seu autoexame de consciência) , de facto, está sujeito a que a malta lhe pergunte : «Senhor doutor, a que nível vibra?».

Falando ainda de outros métodos, vias, caminhos, assinala-se o analítico-simbólico.
É inesgotável. Como as cores do espectro são 7 básicas, é um ver se te avias a descobrir coincidências de cores alquímicas (!!!!!) em tudo o que são manifestações de rua, em tudo o que são ciclos do calendário litúrgico. Como se tecem discursos coloridos a falar de cores! Às vezes, é inevitável, coincidem. Uma alegria, portanto, esta descodificação dita alquímica das cores. Mas altamente reveladora de um método ou ausência dele:
a) As cores são, no espectro energético, a vibração N8 e, portanto, as ondas luminosas são o alimento predilecto dos nossos 5 sentidos do corpo físico e dos hedonistas, dos que teimam em ficar gozando as delícias do primeiro degrau (sensório, sensível, sensorial) ou estado de consciência primária, dentro dos 7 estados potenciais de consciência
b) Todo o misticismo e cenário de visões, vidências, alumbramentos, fantasmagorias releva desse sensorial de Nível 8 auto-satisfeito.
Cores, metais, planeta , sim senhor, são matéria-prima, ingredientes da obra alquímica, mas apenas ingredientes, são a base da pirâmide alquímica . Mas a pirâmide, por definição, não é só base. Da base ao topo , só para começar vão:
- 7 estados vibratórios de consciência
- 9 camadas da alma
- 14 níveis vibratórios, tal os 14 bocados em que retalharam o Horus, tendo desaparecido o bocado órgão genital, que as más línguas atribuem aos gostos perversos de Ísis
- etc.
O método analítico -simbólico tem uma (des) vantagem, permite todas as especulações da imaginação criadora. Para quem goste de Castañedas na brasa e de neo-xamanismos, serve. Para quem goste de se autoiludir, iludindo os outros, óptimo. Para quem goste de fazer literatura à volta do sagrado e não ciência, serve.

Mas para quem prefira uma via rápida , eficaz, segura , fiável de acesso ao potencial de sagrado, de todas as vias até agora compendiadas, a que Carlos Silva propôs, via Sta Teresinha, é inegavelmente a mais interessante e a mais verdadeira. Irmão da via zen. Com uma única remarca: a via mística é linda mas não é a via iniciática. Nem pouco mais ou menos.
Tudo na exposição de Carlos Silva bate certo menos isso. Eu fiquei fã de Stª Teresinha, já lhe rezei esta noite para me defender dos sociólogos e dos psicoterapeutas, e até explico a sua via rápida - queimando etapas - por um stress violento, a tuberculose. Outro stress intenso, em que se assinalam curas quânticas milagrosas, e que pode conduzir à via rápida da alquimia, é o Cancro.
Em qualquer caso, só quando a célula quer queimar etapas - por atraso ou estagnação milenar e ela é que sabe - a via de iniciação pode admitir o queimar etapas.
De resto e como indica o método iniciático hermético, método que costumo indicar aos meus nétinhos, atenção e cautela:
a) Degrau a degrau, se escala o (potencial do) sagrado
b) Grão a grão enche a galinha o papinho
c) Step by step se prepara o suporte vibratório (SV) para receber as Energias Vibratórias (EV)
d) Etapa a etapa nos aproximamos de Deus: ou seja, realizamos o nosso potencial de sagrado, que é o das sete oitavas em ritmo logarítmico, fóra os trocos.

Tudo isso é uma psicoterapia intensiva , porque método iniciático significa método psicoterapêutico, como já teria dito o grande pensador e filósofo La Palice.

Ponto final sobre o 1º dia do magnífico colóquio, com parabéns aos organizadores, que abriram uma fendazinha muito simpática no Muro de Berlim.
Até já.
Afonso Cautela
Grupo de estudos Herméticos
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O CONTINUUM ENERGÉTICO: À PROCURA DA ROLHA SEM A QUERER ENCONTRAR

Lisboa, 8/11/1996 - Qual será a próxima pirueta da ciência dita psicológica para sobreviver à sua própria agonia?
Esta é a angustiante pergunta que pode surgir , após a intervenção, honesta, clara e testemunhal, do Dr. Telmo Baptista ao seminário «Vivência do Sagrado», na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Cidade Universitária de Lisboa.
Fizeram a vida negra ao William James, mas, pelos vistos, como ele era familiar dos mediuns espíritas, jurou vingança e tem-lhes feito , em troca, a vida negra a eles, a julgar pelo péssimo astral que vemos nas suas auras. Depois da estrondosa falência técnica do behaviorismo (uma lindíssima palavra que se transmuda na horrenda palavra comportamentalismo à portuguesa, língua que não é feita, como advertia Agostinho da Silva, para estes barbarismos experimentalistas com ratinhos), depois dos cognitivistas, que eu tive a honra de conhecer nesta manhã de Outono, cognitivistas que tinham vindo, conforme percebo, em socorro da psicologia, completamente estreçalhada às mãos dos behavioristas confessos, assistimos agora a uma nova psicologia, cujo nome me escapou, mas que deve ser mais uma à procura da rolha. São milhares as escolas dentro da psicologia - como advertiu alguém, não sei se o Dr. Vítor se o Dr. Telmo.
O «main stream» (das poucas expressões que eu conheço do inglês) do William James foi, tal como o intuicionismo de Henri Bergson, antes da hoje chamada Psicologia Transpessoal, a oportunidade servida para sair do atoleiro, o comboio oferecido aos transviados e perdidos psicomaterialistas, encurralados no buraco onde deliberadamente se meteram. Um desafio a ver se abriam os olhos e acordavam (« O Homem dorme e nós viemos acordá-lo», Ouspensky).
Mas não deu. Perderam esse comboio rápido para sair da estupidez e preferiram encaixar-se , encaixotar-se (literalmente) nas caixas de ratinhos com experiências laboratoriais , às 2ªs, 4ªs e 6ªs, caixas que ainda por cima, à luz da ética cristã mais elementar, são perfeitamente abomináveis e obscenas. Segundo percebi, o Dr. Goswami , para chegar a Deus também preconiza e recomenda uns ratinhos antes, logo ao pequeno almoço.
A Fundação Gulbenkian, entidade promotora da ciência fundamental com ratinhos em Portugal, publicou um grosso tratado, em 2 volumes, creio - a contar todas essas peripécias behaviorísticas de ratinhos e ratazanas. Sem nenhum protesto da Liga Protectora dos Animais.
Aliás, referidos, os ditos - ratinhos - pelo Dr. Vítor Rodrigues, que não explicou a que ratos de Lisboa se referia.
Onde a honestidade do Dr. Telmo atinge a máxima pureza - eu diria mesmo, a máxima inocência - foi quando definiu o nascimento de uma ciência ,- e portanto da psicologia - como uma necessidade profissional.
Lembro-me que o Dr. Robert S. Mendelsohn, MD, num prefácio ao livro de Michio Kushi «Natural Agriculture and the Cause of Disease» conta, exactamentte, a odisseia da Pediatria, uma ciência (especialidade médica) que para nascer foi deixando centenas de mortos e feridos, mártires-crianças pelo caminho. O Dr. Mendelsohn MD é pediatra e claramente se pretende limpar desse karma pesadíssimo que a ciência ordinária tem acumulado nos poucos séculos em que tem parasitado a Terra. Mendelsohn, MD, faz nesse prefácio-manifesto a sua auto-penitência, aliviando os remorsos de consciência mas arriscando-se de caminho a ser expulso da dita (e dura) ordem dos MD lá do sítio.
Temos, pois, que a Psicologia , para nascer (parto difícil , lhe chamou o Dr. Telmo, mais uma vez com uma grande sinceridade) foi a ferros e teve que deixar, pelo caminho, vários estropiados.
A história da ciência ordinária em geral e da ciência psicológica em particular é, de facto, uma sucessiva edição, mal corrigida e aumentada, das dantescas descidas aos infernos, de que falam os inconscientes colectivos de todos os povos.
A propósito: nunca percebi porque dividem as ciências em «puras» e «humanas». Das humanas, sempre tenho proposto que lhes chamem , mais adequadamente, desumanas e quanto às puras, acho que pressupõe haver outras que são impuras, o que é caso para investigação policial, e é bem feito.
Curiosamente o Dr. Telmo teve um lapsus vocis(verbis) interessantíssimo, quando fala de «ciências duras» (lembra imediatamente as drogas duras) o que pressupõe que haja outras menos duras.
Sendo a ciência ordinária a violência institucionalizada, não deixa de ser curiosa esta adjectivação.
Curiosamente, ninguém , em plena área do Continuum Energético (main-stream) que são estas charlas à sombra da Psicologia , fala da Ciência das Energias e /ou Ciências do Espírito e /ou Ciências do Sagrado e /ou Ciências Sagradas e /ou Noologia. Talvez por isso é que uns malucos oportunistas lhes chamaram ocultas.
Como ninguém quer assumir esse risco - do continnum energético - , não lhe vá acontecer o mesmo que ao William James , metido no gueto e posto fóra da respeitável comunidade dos cientistas violentos , eis que continuam à procura do Continuum sem o querer encontrar, à procura da rolha, o que se traduz então no 13º trabalho de Hércules chamado Investigação Quântica, a mais obscena das manifestações que o show business se tem permitido. E quando digo show business não estou a utilizar metáfora, basta ver o palco do espectáculo, chamado acelerador de partículas, de que o nosso ministro Gago, que manda produzir sismos, é um dos ilustres portugueses associados.
Na chamada aventura quântica - que me parece antes um safari barato - já conhecíamos o Fritjof Capra, que ajudou os arrogantes ocidentais a ajoelhar diante do Tao(ismo) e a fumar o cachimbo da Paz com a dialéctica Yin-yang, uma das mais luminosas vias que conseguimos herdar da Primeira Idade de Ouro .
Já conhecíamos o Dr. Deepak Chopra que descobriu a cura quântica , embora o ayurveda até já se venda bem e tenha licença de importação nos EUA.
E conhecemos agora, mais um investigador experimental (com ratinhos?) da mónada quântica, 100 anos depois de Leibniz, que é o senhor Amit Goswami.
Vítor Rodrigues referiu-se aos malucos místicos e aos malucos da ciência. Não deve ter lido muito os malucos da Quântica (eu li), porque então é que verificava ser caso para chamar a polícia de costumes. Quem quiser endoidecer a preço módico em 2 dias, leia sem respirar os teóricos do Cáos (depois de o provocarem, teorizam-no) e os teóricos quânticos.
Eu como não quero endoidecer, antes pelo contrário, quero criar anticorpos para escapar à neurose científica em geral e à neurose quântica em particular, preferi ler , traduzir e decorar o meu autor de cabeceira há 4 anos, as 1551 páginas de Etienne Guillé, que são - além de serem a obra mais importante depois do Big Bang - o maior e melhor tratado quântico de energias que me foi dado conhecer nesta minha feliz incarnação.
Étienne, de facto, andou à procura da rolha, só que a encontrou. E fala para gente normal, mediana, medíocre como eu. Não fala para sábios. Ele não tem culpa e eu também não. Mas isso permite-nos olhar com toda a compaixão (como recomenda Lydia Rebouças e a minha dilecta amiga Emília Rosa) estes que andam à procura da rolha e nunca mais a vão encontrar.
Lydia, querida Lydia, vamos lá a ver o que é isso de Holística. Pois fica sabendo que fui o primeiro português a escrever, em letra de imprensa, essa palavra mágica. Eu li o teu mestre Roberto Crema e um jornalista mediano - como eu - podia ter escrito essa «Introdução à Visão Holística». É um elogio, portanto. Está na cara, como dizem os nossos fratelos brasileiros. Só os da ciência ordinária não atinam no óbvio ululante. Mas a Holística - óbvio ululante, tal como as ecologias- é apenas uma proposta de paz no meio da guerra, sem resolver as causas e motivos que levam à guerra. Em suma, é uma rendição ao Inimigo.
Utilizando um estratagema alquímico, eu diria que temos de exacerbar os sintomas (é a minha técnica, pelo menos) e não acalmá-los, como faz a Medicina e como faz agora a Holística do sr. Roberto Crema, da Lydia e da Universidade da Paz. Se leres, Lydia querida, «As Espingadas da Mãe Carrar», do Brecht, perceberás que só há guerra, e que só há dar e levar. Se não dás, levas.
Aplicando este anexim à Universidade de Ciências Sagradas, vamos a ver quem consegue primeiro instalá-la neste país: se tu, querida Lydia, ou se eu, ou se os dois: seria então a paz...
Paz, como vocês querem, é rendição ao inimigo. E embora o inimigo já seja cadáver a esta hora cósmica , desde 26 de Agosto de 1983, mas o cadáver ainda cheira que tresanda e anda por aqui disfarçado de várias coisas que não digo porque não quero ofender ninguém. Mas os apelos à tolerância podem ser uma forma de o Diabo, morto e bem morto, ver se volta ao Poder.

Uma coisa que me encheu de curiosidade foi o facto ocorrente em várias oradores de 5ª feira, se não de todos: quando desenham os corpos energéticos (a que uns chamam níveis) uma vezes aparecem 3 (Vítor Rodrigues), outras vezes 4, outras 5. Intriga-me isto: porque os corpos que eu detecto - em mim, nos meus 4 gatinhos ou no universo em geral - os corpos que eu detecto, avalio, analiso e meço velocidades (creio que o Prof. Carlos Silva chamava velocidades diferentes entre pensamento e sentimento às frequências vibratórias dos vários níveis vibratórios de consciência) são 7, incluindo o físico ou N8, base da pirâmide alquímica e , portanto, da tragédia da incarnação.
Posso dar-lhe esses nomes giros que a gíria dita esotérica , (nomeadamente hinduísta, que invadiu todos os interstícios do Ocidente ) lhes dá, até Rudolfo Steiner. Posso, mas prefiro números, o meu negócio é números, pois com os números acabam-se as querelas de palavras , muito queridas dos académicos e universitários, herdeiros da Torre de Babel: N8, N16, N24, N32, N40, N48 e N56. Chegado aqui, ao N56, chamado espírito de buda - nome lindo! - posso recomeçar a jornada , pois , não esqueçam, o «eterno retorno» é o retorno a Deus e não como disseram especialistas em religiões comparadas ( como o incontornável Mircea Eliade) o eterno retorno a esta estúpida incarnação.
É um dos erros de investigação que tem levado mais espíritos ao cemitério. E continua a manter-se esse erro.
A subida na vertical é mesmo no sentido da vertical e processa-se em espiral, o que significa em consecutivas pirâmides vibratórias que se retomam pelo vértice , a chamada escada de Jacob.
Sim, escada de Jacob, porque os 7 corpos são (os primeiros) 7 degraus a percorrer.
Lisboa, 8/11/1996
Afonso Cautela
Grupo de Estudos Herméticos

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