H. KHAN 92
92-02-08-ls>= leituras do ac - khan> [8290 caracteres - republicável ?]
HERMAN KHAN:OU DE COMO MORREU A FÉ INFINITA NA TÉCNICA
[8/2/1992: Este texto de 8290 caracteres, que é a reteclagem de publicados AC, talvez não justifique hoje sequer o trabalho de ser lido, quanto mais reteclado e republicado. A menos que, dada a sua carga polémica pela negativa, se encare como um provocador pretexto de algum «brain storm». Valerá a pena voltar a Herman Khan, à sua futurologia falida, à sua fé na técnica? Um interface desta figura com o «dr strangelove» do filme de Kubrick seria uma das poucas justificações para repescar o texto a seguir teclado. De resto, é falar de puros defuntos: a tecnocracia, a futurologia tecnocrática, Herman Khan. Mas o ter Khan passado à história como passou a URSS, não será motivo forte para retomar o tema? De como morrerem afinal os que há dez anos pareciam intocáveis? De como morre a fé infinita de que a técnica tudo resolverá?]
Na sequência dos novelistas de antecipação, os futurologistas dito científicos não são menos deliciosos, humorísticos, fantásticos e prometedores. Uma cornucópia de benesses.
Hermen Khan deu «show», quando esteve em Portugal, na década de 70, sem ninguém na altura saber que ele é conselheiro do Pentágono e o inventor da escalada no Vietname. Foi muito apreciado pelas suas virtudes de bruxa, pelo apuradinho da sua escrita e pelos copiografados que fornecia aos jornalistas em profusão escatológica.
Bom: Khan é escatológico, como se comprova por esta tirada.
[ecos do imediato: 1971]
UM FUTURÓLOGO EM BOLANDAS
Editado no Brasil pela Bloch -- organização que publica, entre outros magazines de grande tiragem, «Manchete» e «Fatos e Fotos» -- o futurologista norte-americano Herman Khan fez, segundo reportagem desses dois magazines, sensação. Também houve, entre nós, referência ao caso em dois vespertinos lisboetas.
Não deixou o famoso e adiposo economista de atender aos interesses do país seu anfitrião, apressando-se a rectificar algumas referências (pouco elogiosas) feitas à sua obra «O Ano 2000» e até afirmou que Angola é mais rica do que o Brasil, olhando talvez o mercado português do livro brasileiro.
À parte este condicionalismo recíproco de visitante e visitado, de convidado e anfitrião, Herman Khan, com o seu altíssimo coeficiente de inteligência, com os seus cento e tal quilos de peso, com a sua famosa barriga e o seu apetite gastronómico devorador, fez quase tanta sensação como os seus livros (ou antes, os livros que, sob a sua direcção, o Instituto Hudson edita).
Diga-se apenas que as previsões dele emanadas, não tendo nada a ver com a astrologia, ao contrário do que ainda algumas boas almas pensam, padecem no entanto de bem piores limitações -- inerentes todas elas a uma visão economicista da história (plutocrática, acusam alguns) e do futuro, acentuando que o chauvinimo norte-americano é quase tão pernicioso como o seu capitalismo. Servindo-se embora um ao outro e um do outro.
Nesta página se há-de falar mais vezes do famoso futurologista e há-de proceder-se à sua desmontagem crítica, mas por hoje não queríamos deixar de fazer eco desta viagem em terras de Santa Cruz, onde o futuro tem encontro aprazado.
VALE QUANTO PESA
Herman Khan, o «senhor futuro», é um homem famoso pelo seu peso em quilos (165, bichanam as más línguas) e pelo seu QI (Quociente de inteligência): 145, assevera o próprio Khan, muito orgulhoso disso e de ter respondido certinho a todos os testes psicométricos a que se tem submetido.
Diz o professor Ibn Zied, perito em astros, que o horóscopo de Khan (nascido a 15 de Fevereiro de 1922, pertence ao aquário) o faz inclinar-se para as ciências ocultas. Acrescenta o vidente Ibn que a lua dá aos homens nascidos sob esse influxo uma posição afortunada para adquirir amigos e muita popularidade: aí está porque Herman tem tantos amigos no Pentágono e a sua popularidade cresce quase tantom todos os meses, como a sua barriga. Diz ainda outro astrólogo que os do signo do Aquário «advogam ideias que estão mil anos à frente do mundo». Isto parece aproximar-se da vocação antecipatriz revelada pelo famoso director do Instituto Hudson.
Mas como não há bela sem senão, nem génio sem invejosos, os inimigos do dr. Strangelove (assim se chamava o romance e filme de Stanley Kubrick que se dizia inspirado na figura do célebre matemático e estratega), classificam-no de perigoso mistificador ou mistagogo. Ele prefere inventar para si próprio um neologismo «generalista», que é como quem diz: intelecto preocupado com a generalidade das generalidades. O moderno filósofo. O espírito prospectivo e propedêutico.
Preocupado com o futuro, ele não deixa contudo de prestar contributo à história imediata: «A Escalada», publicado em 1965, livro que fez furor nos EUA e que já se encontra traduzido no Brasil (Ed. Bloch) e em espanha ( Ed. Dima, Barcelona), profetizava de certo modo a política governamental que, com esse nome, iria set adoptada e posta em prática algum tempo depois.
Esta coincidência assustou os timoratos que o crêem bruxo e possesso por artimanhas do diabo.
«Os Césares consultavam os seus adivinhos -- escreve Eduardo Haro Teglen -- antes de empreender uma operação militar. Hitler consultava os seus astrólogos (Churchill contratou uma série deles para que lhe dissessem o que podiam ter dito a Hitler os seus e assim prever as iniciativas militares do inimigo). O Pentágono consulta Herman Khan.»
A maior parte do trabalho de prospectiva de Herman Khan decorreu na Rand Corporation, em que foi conselheiro de 1947 a 1959 e com a qual continua a colaborar. A Rand (apócope de «research and developemnt») que foi chamada pelos soviéticos «academia de destruição e de morte», nasceu de um conselho científico presidido pelo Prof. Von Karman, que devia examinar, em 1944, a situação do Exército do Ar dos Estados Unidos, e institucionalizou-se em 1948 por um contrato entre a força Aérea e a companhia Douglas que lhe garantiam os meios suficientes para o seu trabalho em vista à defesa nacional, levando em consideração que os sábios especialistas podiam eleger as «opções mais favoráveis».
«Esta frase das «opções mais favoráveis» -- ainda segundo Haro Teglen -- encerra grande parte da doutrina futurível da Rand Corporation e de Herman Khan. Trata-se, como disse Olaf Helmer, director da divisão de matemática da Rand -- de «escolher entre os diferentes futuros imagináveis».
Além do Exército do Ar (que deu 10 milhões de dólares iniciais e que ocupa 70% do trabalho da Rand) são ainda clientes desta firma a Comissão de Energia Atómica, a NASA e o Secretariado da Defesa.
O Hudson Institute, fundado e dirigido por Herman Khan, é um prolongamento da Rand, especializado no estudo dos grandes problemas da paz e da guerra. Já o ensaio sobre «A Escalada» fora uma encomenda da Martin Company: encomenda foi também o estudo que viria a dar o livro «O Ano 2000».
Elaborado sob o patrocínio da Academia Americana de Artes e Ciências e da Fundação Corning, o tema de «O Ano 2000» era simples mas provocante: «Os Trinta e três próximos anos do Mundo». Khan e seus colaboradores encontraram aí uma maravilhosa fonte de inspiração. Em geral, chegam a conclusões optimistas: não haverá guerra, a sociedade de consumo e de massas dará lugar a uma «sociedade de prazer», embora mil milhões de homens ainda tenham de permanecer no subdesenvolvimento e na miséria.
Enquanto em «A Escalada» se fazia a descrição possível de um mundo de destruição e horror, aqui, neste livro quase cor de rosa, considera-se a eventualidade de um mundo relativamente feliz, onde a tecnologia fará possível o ócio e inclusive dirigirá esse ócio de uma maneira construtiva para o indivíduo.
As armas nucleares serão cada vez mais numerosas e não chegará nunca a impedir-se a disseminação. Entre 1970 e 1979, o Japão em primeiro lugar e depois a Alemanha Federal, a Itália, a Suécia, a Suíça, a Argentina e a Índia serão capazes de fazer explodir a bomba. Entre 1980 e 1989, chegará a vez do Brasil, México e Israel. Entre 1990 e 1999, todo o mundo poderá ter a bomba.
No terreno económico, eis o que se adivinha: no ano 2000, o mundo contará com mais 6 milhões de habitantes, dos quais 10% (seiscentos milhões) viverão em sociedade pós-industrial: EUA, Japão, Canadá, Escandinávia, Suiça, França, Alemanha Federal, Benelux. Nestas sociedades, a renda de cada habitante será cinquenta vezes mais elevada que a dos mil milhões de homens que viverão ainda em sociedades pré-industriais, especialmente na Ásia e na África.
Em suma: segundo o título de um dos seus seis livros, Herman Khan intenta «conceber o inconcebível», imaginar uma das alternativas do mundo futuro. Especialista em problemas de defesa, pode ele dar-se conta de que a previsão é, mais do que útil, indispensável. «Prever para precaver» diz um rifão bem português, que devíamos utilizar mais vezes na nossa vida quotidiana e nacional.
«A princípio -- declara Khan -- pensamos que as previsões a curto prazo são matéria para amenas conversas depois da sobremesa. Mas de repente damo-nos conta de que são de utilidade directa. «Sem previsões, uma sociedade, ou não se desenvolve, ou desenvolve-se às cegas, de forma anárquica, incoerente.
***
HERMAN KHAN:OU DE COMO MORREU A FÉ INFINITA NA TÉCNICA
[8/2/1992: Este texto de 8290 caracteres, que é a reteclagem de publicados AC, talvez não justifique hoje sequer o trabalho de ser lido, quanto mais reteclado e republicado. A menos que, dada a sua carga polémica pela negativa, se encare como um provocador pretexto de algum «brain storm». Valerá a pena voltar a Herman Khan, à sua futurologia falida, à sua fé na técnica? Um interface desta figura com o «dr strangelove» do filme de Kubrick seria uma das poucas justificações para repescar o texto a seguir teclado. De resto, é falar de puros defuntos: a tecnocracia, a futurologia tecnocrática, Herman Khan. Mas o ter Khan passado à história como passou a URSS, não será motivo forte para retomar o tema? De como morrerem afinal os que há dez anos pareciam intocáveis? De como morre a fé infinita de que a técnica tudo resolverá?]
Na sequência dos novelistas de antecipação, os futurologistas dito científicos não são menos deliciosos, humorísticos, fantásticos e prometedores. Uma cornucópia de benesses.
Hermen Khan deu «show», quando esteve em Portugal, na década de 70, sem ninguém na altura saber que ele é conselheiro do Pentágono e o inventor da escalada no Vietname. Foi muito apreciado pelas suas virtudes de bruxa, pelo apuradinho da sua escrita e pelos copiografados que fornecia aos jornalistas em profusão escatológica.
Bom: Khan é escatológico, como se comprova por esta tirada.
[ecos do imediato: 1971]
UM FUTURÓLOGO EM BOLANDAS
Editado no Brasil pela Bloch -- organização que publica, entre outros magazines de grande tiragem, «Manchete» e «Fatos e Fotos» -- o futurologista norte-americano Herman Khan fez, segundo reportagem desses dois magazines, sensação. Também houve, entre nós, referência ao caso em dois vespertinos lisboetas.
Não deixou o famoso e adiposo economista de atender aos interesses do país seu anfitrião, apressando-se a rectificar algumas referências (pouco elogiosas) feitas à sua obra «O Ano 2000» e até afirmou que Angola é mais rica do que o Brasil, olhando talvez o mercado português do livro brasileiro.
À parte este condicionalismo recíproco de visitante e visitado, de convidado e anfitrião, Herman Khan, com o seu altíssimo coeficiente de inteligência, com os seus cento e tal quilos de peso, com a sua famosa barriga e o seu apetite gastronómico devorador, fez quase tanta sensação como os seus livros (ou antes, os livros que, sob a sua direcção, o Instituto Hudson edita).
Diga-se apenas que as previsões dele emanadas, não tendo nada a ver com a astrologia, ao contrário do que ainda algumas boas almas pensam, padecem no entanto de bem piores limitações -- inerentes todas elas a uma visão economicista da história (plutocrática, acusam alguns) e do futuro, acentuando que o chauvinimo norte-americano é quase tão pernicioso como o seu capitalismo. Servindo-se embora um ao outro e um do outro.
Nesta página se há-de falar mais vezes do famoso futurologista e há-de proceder-se à sua desmontagem crítica, mas por hoje não queríamos deixar de fazer eco desta viagem em terras de Santa Cruz, onde o futuro tem encontro aprazado.
VALE QUANTO PESA
Herman Khan, o «senhor futuro», é um homem famoso pelo seu peso em quilos (165, bichanam as más línguas) e pelo seu QI (Quociente de inteligência): 145, assevera o próprio Khan, muito orgulhoso disso e de ter respondido certinho a todos os testes psicométricos a que se tem submetido.
Diz o professor Ibn Zied, perito em astros, que o horóscopo de Khan (nascido a 15 de Fevereiro de 1922, pertence ao aquário) o faz inclinar-se para as ciências ocultas. Acrescenta o vidente Ibn que a lua dá aos homens nascidos sob esse influxo uma posição afortunada para adquirir amigos e muita popularidade: aí está porque Herman tem tantos amigos no Pentágono e a sua popularidade cresce quase tantom todos os meses, como a sua barriga. Diz ainda outro astrólogo que os do signo do Aquário «advogam ideias que estão mil anos à frente do mundo». Isto parece aproximar-se da vocação antecipatriz revelada pelo famoso director do Instituto Hudson.
Mas como não há bela sem senão, nem génio sem invejosos, os inimigos do dr. Strangelove (assim se chamava o romance e filme de Stanley Kubrick que se dizia inspirado na figura do célebre matemático e estratega), classificam-no de perigoso mistificador ou mistagogo. Ele prefere inventar para si próprio um neologismo «generalista», que é como quem diz: intelecto preocupado com a generalidade das generalidades. O moderno filósofo. O espírito prospectivo e propedêutico.
Preocupado com o futuro, ele não deixa contudo de prestar contributo à história imediata: «A Escalada», publicado em 1965, livro que fez furor nos EUA e que já se encontra traduzido no Brasil (Ed. Bloch) e em espanha ( Ed. Dima, Barcelona), profetizava de certo modo a política governamental que, com esse nome, iria set adoptada e posta em prática algum tempo depois.
Esta coincidência assustou os timoratos que o crêem bruxo e possesso por artimanhas do diabo.
«Os Césares consultavam os seus adivinhos -- escreve Eduardo Haro Teglen -- antes de empreender uma operação militar. Hitler consultava os seus astrólogos (Churchill contratou uma série deles para que lhe dissessem o que podiam ter dito a Hitler os seus e assim prever as iniciativas militares do inimigo). O Pentágono consulta Herman Khan.»
A maior parte do trabalho de prospectiva de Herman Khan decorreu na Rand Corporation, em que foi conselheiro de 1947 a 1959 e com a qual continua a colaborar. A Rand (apócope de «research and developemnt») que foi chamada pelos soviéticos «academia de destruição e de morte», nasceu de um conselho científico presidido pelo Prof. Von Karman, que devia examinar, em 1944, a situação do Exército do Ar dos Estados Unidos, e institucionalizou-se em 1948 por um contrato entre a força Aérea e a companhia Douglas que lhe garantiam os meios suficientes para o seu trabalho em vista à defesa nacional, levando em consideração que os sábios especialistas podiam eleger as «opções mais favoráveis».
«Esta frase das «opções mais favoráveis» -- ainda segundo Haro Teglen -- encerra grande parte da doutrina futurível da Rand Corporation e de Herman Khan. Trata-se, como disse Olaf Helmer, director da divisão de matemática da Rand -- de «escolher entre os diferentes futuros imagináveis».
Além do Exército do Ar (que deu 10 milhões de dólares iniciais e que ocupa 70% do trabalho da Rand) são ainda clientes desta firma a Comissão de Energia Atómica, a NASA e o Secretariado da Defesa.
O Hudson Institute, fundado e dirigido por Herman Khan, é um prolongamento da Rand, especializado no estudo dos grandes problemas da paz e da guerra. Já o ensaio sobre «A Escalada» fora uma encomenda da Martin Company: encomenda foi também o estudo que viria a dar o livro «O Ano 2000».
Elaborado sob o patrocínio da Academia Americana de Artes e Ciências e da Fundação Corning, o tema de «O Ano 2000» era simples mas provocante: «Os Trinta e três próximos anos do Mundo». Khan e seus colaboradores encontraram aí uma maravilhosa fonte de inspiração. Em geral, chegam a conclusões optimistas: não haverá guerra, a sociedade de consumo e de massas dará lugar a uma «sociedade de prazer», embora mil milhões de homens ainda tenham de permanecer no subdesenvolvimento e na miséria.
Enquanto em «A Escalada» se fazia a descrição possível de um mundo de destruição e horror, aqui, neste livro quase cor de rosa, considera-se a eventualidade de um mundo relativamente feliz, onde a tecnologia fará possível o ócio e inclusive dirigirá esse ócio de uma maneira construtiva para o indivíduo.
As armas nucleares serão cada vez mais numerosas e não chegará nunca a impedir-se a disseminação. Entre 1970 e 1979, o Japão em primeiro lugar e depois a Alemanha Federal, a Itália, a Suécia, a Suíça, a Argentina e a Índia serão capazes de fazer explodir a bomba. Entre 1980 e 1989, chegará a vez do Brasil, México e Israel. Entre 1990 e 1999, todo o mundo poderá ter a bomba.
No terreno económico, eis o que se adivinha: no ano 2000, o mundo contará com mais 6 milhões de habitantes, dos quais 10% (seiscentos milhões) viverão em sociedade pós-industrial: EUA, Japão, Canadá, Escandinávia, Suiça, França, Alemanha Federal, Benelux. Nestas sociedades, a renda de cada habitante será cinquenta vezes mais elevada que a dos mil milhões de homens que viverão ainda em sociedades pré-industriais, especialmente na Ásia e na África.
Em suma: segundo o título de um dos seus seis livros, Herman Khan intenta «conceber o inconcebível», imaginar uma das alternativas do mundo futuro. Especialista em problemas de defesa, pode ele dar-se conta de que a previsão é, mais do que útil, indispensável. «Prever para precaver» diz um rifão bem português, que devíamos utilizar mais vezes na nossa vida quotidiana e nacional.
«A princípio -- declara Khan -- pensamos que as previsões a curto prazo são matéria para amenas conversas depois da sobremesa. Mas de repente damo-nos conta de que são de utilidade directa. «Sem previsões, uma sociedade, ou não se desenvolve, ou desenvolve-se às cegas, de forma anárquica, incoerente.
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