S. HAWKING 89
89-01-15-dl>=diário de um leitor superficial
SE DEUS MORREU
15/1/1989 - A existência ou não existência de Deus não seria talvez tão importante se, desde Dostoiewsky, não estivesse provado que "a morte de Deus arrasta a morte do homem".
E, assim sendo, talvez e questão de Deus deixe de ser tão académica como parecia, para se tornar apenas a questão do homem - uma questão pouco metafísica e totalmente política, portanto.
Porque o autor é hemiplégico (Stephen Hawking) , ou porque tem umas barbas brancas de patriarca e avôzinho (Herbert Reeves), o moderno marketing editorial tem encontrado maneiras muito hábeis (marketing é marketing) de tornar best-sellers livros científicos que os próprios autores confessam não perceber, como aconteceu com Stephen Hawking e o seu best-seller " Breve História do Tempo". Ninguém percebe o livro, os leitores também não, mas no entanto é best-seller.
Em entrevista à "Der Spiegel", o cientista Stephen Hawking declara
" Para mim, o homem deve-se comparar mais a um computador. Ele é certamente mais complicado do que os computadores que temos hoje. Não penso, porém, que alguém se lembre de dizer que um computador possui uma alma imortal."
Como não fazer desta "filosofia" um best-seller?
Vivendo o marketing editorial do homem que vai matando (alienando), ele entroniza , antes de mais e acima de tudo, a ideologia, o discurso que prepara terreno a essa alienação.
O marketing encontrará assim maneira de fazer um best-seller de um livro e de um autor que diz coisas tão proveitosas para proveito e lucro do sistema como aquelas que diz (acima) Hawking.
O marketing encontrou maneira de transformar Darwin, Pavlov, Marx, Skinner, Konrad Lorenz, Pasteur, Malthus em "construtores do mundo moderno", em best-sellers do lucro moderno, pois todos eles têm em comum, na aparente diversidade material das suas teses, um proveitoso subentendido formal: o homem é uma coisa, um objecto, um animal ou uma máquina. Filho da puta e não filho de Deus.
As leis do marketing não são as leis do universo, mas têm tido artes de aproveitar estas para fazer crescer as vendas.
Homem alienado, a quanto obrigas!
***
SE DEUS MORREU
15/1/1989 - A existência ou não existência de Deus não seria talvez tão importante se, desde Dostoiewsky, não estivesse provado que "a morte de Deus arrasta a morte do homem".
E, assim sendo, talvez e questão de Deus deixe de ser tão académica como parecia, para se tornar apenas a questão do homem - uma questão pouco metafísica e totalmente política, portanto.
Porque o autor é hemiplégico (Stephen Hawking) , ou porque tem umas barbas brancas de patriarca e avôzinho (Herbert Reeves), o moderno marketing editorial tem encontrado maneiras muito hábeis (marketing é marketing) de tornar best-sellers livros científicos que os próprios autores confessam não perceber, como aconteceu com Stephen Hawking e o seu best-seller " Breve História do Tempo". Ninguém percebe o livro, os leitores também não, mas no entanto é best-seller.
Em entrevista à "Der Spiegel", o cientista Stephen Hawking declara
" Para mim, o homem deve-se comparar mais a um computador. Ele é certamente mais complicado do que os computadores que temos hoje. Não penso, porém, que alguém se lembre de dizer que um computador possui uma alma imortal."
Como não fazer desta "filosofia" um best-seller?
Vivendo o marketing editorial do homem que vai matando (alienando), ele entroniza , antes de mais e acima de tudo, a ideologia, o discurso que prepara terreno a essa alienação.
O marketing encontrará assim maneira de fazer um best-seller de um livro e de um autor que diz coisas tão proveitosas para proveito e lucro do sistema como aquelas que diz (acima) Hawking.
O marketing encontrou maneira de transformar Darwin, Pavlov, Marx, Skinner, Konrad Lorenz, Pasteur, Malthus em "construtores do mundo moderno", em best-sellers do lucro moderno, pois todos eles têm em comum, na aparente diversidade material das suas teses, um proveitoso subentendido formal: o homem é uma coisa, um objecto, um animal ou uma máquina. Filho da puta e não filho de Deus.
As leis do marketing não são as leis do universo, mas têm tido artes de aproveitar estas para fazer crescer as vendas.
Homem alienado, a quanto obrigas!
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