VON HOFF 1990
1-1- vonhoff-ls> leituras selectas ac
17-9-1990
Gaspar Hartung Von Hoff
PEQUENO LIVRO DE ARTE
Edições Setenta
Alquimista e membro de uma sociedade secreta, Gaspar Hartung Von Hoff redigiu, em meados do século XVI, na Áustria, um breve tratado de Alquimia, que as edições Setenta agora lançaram em língua portuguesa(*), com o título «Pequeno Livro sobre a Arte».
Numa área bibliográfica que hoje se encontra saturada por obras de segunda e terceira extracção, quase sempre compiladas umas das outras, os que se interessam por ciências «ocultas» têm agora mais um original à disposição, o testemunho fidedigno sobre alquimia de alguém que se encontrava dentro da matéria e «com as mãos na massa». Não se trata de um mero teórico ou erudito a falar de alquimia, mas de um «operador» da arte, relatando o que fez e viu.
Não sendo uma leitura fácil, como habitualmente acontece em textos de alquimia, redigidos quase sempre para iniciados e segundo códigos cuja chave muitas vezes se perdeu, o «Pequeno Livro da Arte» relata experiências de transmutação de cristais em ouro e a procura da pedra filosofal, em linguagem cheia de simbolismo, frequentemente entrecortada de citações bíblicas, numa tentativa, talvez secreta, de fazer a união da alquimia com o cristianismo, que com essas técnicas nunca simpatizou, vendo nelas um poder concorrente e, portanto, «artes do diabo». A inquisição acusava mesmo os alquimistas de pactos com o demónio e práticas de bruxaria, chegando a meter alguns na fogueira.
Mas a verdade é que, através das suas experiências greco-egípcias, árabes e depois, a partir do séc XII, europeias, a alquimia criou o seu próprio domínio de investigação cuja filosofia visa, essencialmente, reconstituir uma ligação específica do homem com a natureza.
***
17-9-1990
Gaspar Hartung Von Hoff
PEQUENO LIVRO DE ARTE
Edições Setenta
Alquimista e membro de uma sociedade secreta, Gaspar Hartung Von Hoff redigiu, em meados do século XVI, na Áustria, um breve tratado de Alquimia, que as edições Setenta agora lançaram em língua portuguesa(*), com o título «Pequeno Livro sobre a Arte».
Numa área bibliográfica que hoje se encontra saturada por obras de segunda e terceira extracção, quase sempre compiladas umas das outras, os que se interessam por ciências «ocultas» têm agora mais um original à disposição, o testemunho fidedigno sobre alquimia de alguém que se encontrava dentro da matéria e «com as mãos na massa». Não se trata de um mero teórico ou erudito a falar de alquimia, mas de um «operador» da arte, relatando o que fez e viu.
Não sendo uma leitura fácil, como habitualmente acontece em textos de alquimia, redigidos quase sempre para iniciados e segundo códigos cuja chave muitas vezes se perdeu, o «Pequeno Livro da Arte» relata experiências de transmutação de cristais em ouro e a procura da pedra filosofal, em linguagem cheia de simbolismo, frequentemente entrecortada de citações bíblicas, numa tentativa, talvez secreta, de fazer a união da alquimia com o cristianismo, que com essas técnicas nunca simpatizou, vendo nelas um poder concorrente e, portanto, «artes do diabo». A inquisição acusava mesmo os alquimistas de pactos com o demónio e práticas de bruxaria, chegando a meter alguns na fogueira.
Mas a verdade é que, através das suas experiências greco-egípcias, árabes e depois, a partir do séc XII, europeias, a alquimia criou o seu próprio domínio de investigação cuja filosofia visa, essencialmente, reconstituir uma ligação específica do homem com a natureza.
***
<< Home