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Monday, November 14, 2005

ELEMENTOS SUBTIS DA MATÉRIA

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ENTRE DOIS UNIVERSOS – ELEMENTOS SUBTIS DA MATÉRIA(*)

(*) Este texto de Afonso Cautela, 5 estrelas, foi publicado com este título na «Crónica do Planeta Terra», «A Capital», 17-11-1984

A ciência dos oligoelementos vem provar, em termos de ciência bioquímica ocidental, as relações profundas que o yoga, a acupunctura e todas as práticas orientais de autognose sempre sustentaram entre psíquico e somático. É através dos oligoelementos que se faz a passagem do físico e orgânico para as vibrações mais subtis (espiritual?).
Na fronteira entre o material e o imaterial, o corpo e o espírito, o orgânico e o inorgânico, o céu e a terra, a ciência positiva e a tradição esotérica, os oligoelementos constituem uma lição exemplar em vários sentidos.
São uma evidência, mas tão dificilmente mensurável pelos instrumentos da tecnologia ocidental, tão irredutível ao raciocínio do cálculo matemático, que permaneceram praticamente ignorados da ciência positiva que apenas sabe medir, pesar, calcular.
O imponderável dos oligoelementos condena automaticamente uma mentalidade e um sistema da raciocínio que mede a importância das coisas pelo tamanho, pelo peso, ou pela sua tradução comercial em cifras.
Como é que meia dúzia de microelementos de peso insignificante, intocáveis pelos cinco sentidos, podem entrar na contabilidade básica dos seres vivos e serem um caso de vida ou de morte para eles?
O cepticismo da ciência positiva não deixa de fazer perguntas como esta que só revelam afinal a irredutibilidade entre dois sistemas culturais, a civilização (tradicional) e a barbárie (actual).

ONZE MIL ANOS DE BIOENERGIA

Não é só a frigorificação dos alimentos que a ciência dos oligoelementos põe em causa.
Tão prejudicial para a saúde humana como a desmagnetização dos alimentos frigorificados, é a entrada no organismo de substâncias - como os medicamentos - que directamente o desmagnetizam, bloqueiem ou neutralizam a sua carga eléctrica.
E os cientistas não negam nem desdenham o que a medicina Tradicional chinesa sabe há 11 mil anos: o ser humano é também um corpo energético
Não se tem falado nada de poluição eléctrica no ambiente – cabos de alta tensão sobre as casas, por exemplo - embora se fale tanto e tão demagogicamente de poluições. Mas essa poluição eléctrica da alta tensão contribui para a perda de carga eléctrica no organismo e se a ciência médica ocidental nunca deu importância à energia, isso não quer dizer que a bioenergética chinesa não exista há pelo menos 11 mil anos, a provar a sua importância.
Esta é outra razão, bem óbvia, pela qual os oligoelementos são tema polémico ou desafio aos fundamentos da sociedade industrial, toda ela vocacionada para matar a vida e fomentar o cancro
A ciência dos Oligoelementos coloca em relevo o terreno energético do organismo e em termos de ciência ocidental vem dar total razão à tradição médica taoista dos protochineses como lhe chama Lavier, com cerca de 11 mil anos de ininterrupta vigência, segundo ele.
Se as correntes da naturopatia clássica, puseram em relevo a importância civilizacional dos oligoelementos e se alguns dos investigadores que mais aprofundaram a bioquímica dos oligoelementos se colocavam no campo das medicinas paralelas, deverá, no entanto, referir-se que nunca deram o passo decisivo para o invisível, nunca atravessaram a fronteira entre o somático e o psíquico que a bioquímica dos oligoelemenlos secretamente guarda.
A primeira ciência oriental a traduzir, para os ocidentais, a relação química de alguns oligo-elementos em termos energéticos de yin-yang foi a macrobiótica ensinada por Jorge Oshawa.
É o caso das relações sódio-potássio, que a ciência macrobiótica traduz no alimento ideal - o arroz integral - sob o ponto de vista do equilibrio PH do sangue.
Outro caso exemplificativo da relação que a bioquímica dos oligoelementos pode estabelecer entre ciência oriental (esotérica) e ciência ocidental (positiva) é dado pela farmacopeia chinesa, em que os produtos vegetais, as plantas medicinais, enfim, a fitoterapia naturopática se converte numa autêntica matemática de energias, traduzidas sensorialmente em termos de aromas, vibrações a que a ciência positiva ou empírica chama gostos e odores.
Mas quando falamos de odores e gostos( tal como quando falamos de cores) já estamos a falar do mundo vibratório, energético, subtil. O livro de Ives Requena sobre fitoterapia e acupunctura (Ed Maloine, Paris) é obra técnica fundamental que recria a técnica poderosa das plantas medicinais aplicadas aos pontos de acupunctura e respectiva lei dos 5 elementos.
Ao lado desta aplicação energética dos elementos subtis, é justo reconhecer que a fitoterapia ensinada pela naturopatia se revela bastante tosca e empírica.
Ao lado da medicina energética yin-yang, todas as outras medicinas são primitivas, toscas, empíricas.

CONTROLAR AS DOSES

A ciência dos oligoelementos põe em relevo outro aspecto típico da mentalidade ocidental.
Incapaz de compreender e controlar espontaneamente o equilíbrio «yin-yang» da matéria, a ciência defronta-se com a ambiguidade ou ambivalência dos oligoelementos que, em certas doses, são mortais e em doses menores são essenciais à vida.
Em qualquer dos casos extremos, a manipulação que se faça no consumo de oligoelementos é sempre perigosa. Os alimentos existem e são necessários à vida - queira a ciência ou não - exactamente porque têm os elementos na dosagem equilibrada necessária. Se a humanidade come alimentos em vez de pedras, não é, com certeza, por acaso.
Por isso é risível pretender reproduzir em laboratório as doses segundo as quais a natureza já distribuiu os elementos que tornam os alimentos vitais e essenciais à vida, em vez de produtos mortíferos.
Os textos em que os bioquímicos tentam explicar a relação entre os bioelementos, classificam esta relação de «complexa». «Os tratamentos com sais de cálcio são de manejo delicado e competem exclusivamente ao médico», pode ler-se, por exemplo, em J. P. Varnel, especialista em Oligoelementos.
Entretanto, a visão meramente analítica não consegue abranger a dinâmica das inter-relações entre elementos e isso é perceptível entre o incremento que a bioquímica tem tido e a sua escassa aplicação na prática alimentar.
A metodologia ensinada pela energética yin-yang revela, nesta conjuntura, a sua maior eficácia e rigor. A abordagem global do yin-yang está mais de acordo com o fenómeno vivo, também ele global!
Mais importante do que minuciosas análises em que se comprazem os bioquímicos e alguns regimes dietéticos insensatos. É este conselho prático que todos deverão adoptar, independentemente do regime alimentar seguido: «Pelo seguro, a alimentação deve ser variada e conter o maior número de ingredientes diferentes.»
De contrário, o consumidor arrisca-se a ter carências.

CARÊNCIAS ALIMENTARES: O VICIOSO CICLO VICIOSO

Os consumos essenciais do homem – ar, água e alimento - encontram-se, na maior parte, desprovidos da sua carga energética fundamental e portanto dos elementos que estruturam a vida, devido principalmente aos produtos químicos (metais pesados) que a poluição industrial espalhou no ambiente
Sem os biolementos fundamentais à construção e manutenção da célula viva, o ser humano perde defesas imunitárias naturais, entra em estado agudo ou crónico de carência, contrai as mais variadas doenças, acaba por ser encurralado no círculo vicioso dos produtos químicos, que provocam carências e dos medicamentos (químicos também) receitados para as doenças que resultam dessas carências.
Concretizando, são várias as causas que na sociedade industrial contribuem pare destruir no ambiente - ar, água a alimento - os oligoelementos naturais e privar deles o consumidor dos produtos mais importantes: adubos químicos nos solos, pesticidas , aditivos (antibióticos, hormonas) nas rações para o gado, refinação do sal, dos cereais básicos, dos óleos e até do açúcar, poluição química por metais pesados que varrem do ambiente os metais leves (bioelementos), medicamentos que deixam resíduos de metais pesados, são algumas causas que podem apontar-se.
Quanto aos produtos alimentares, a industrialização maciça, a conservação química, o armazenamento prolongado, a frigorificação que retira carga eléctrica, são outras tantas causas a somar às anteriores.
Perante este quadro, que mais parece uma fabrica de produzir doenças, é de admirar que ainda hoje haja gente viva, não sendo difícil avaliar da importância que na sociedade moderna assumem os oligoelementos ou elementos essenciais à vida

HOMEM MODERNO: PILHA DESCARREGADA

Se para a fisiologia moderna o homem é essencialmente uma caldeira - máquina de queimar calorias - na perspectiva energética mais antiga, que remonta aos chineses de 8.000 anos a.C., o homem é mais semelhante a uma pilha com dois polos - Céu e Terra - e que pode estar mais ou menos carregada. Quando se descarrega totalmente, pifou.
O homem moderno, por todos os motivos já enunciados e alguns mais que se poderiam citar, encontra-se quase totalmente descarregado.
Vemos com esta metáfora a importância para a saúde dos oligoelementos ionizados, quer dizer, carregados da carga eléctrica positiva e negativa que os equilibra.
Sem iões, a pilha não acende ou fraqueja, acontecendo assim ao homem as doenças por carência de elementos vitais: esmorecem as resistências orgânicas, o sistema nervoso e portanto endócrino entram em disfunção, o terreno orgânico fica exposto às agressões do meio.
Ao constatar isto, três tendências se desenharam nos meios da investigação cientifica:
a) Ignorar o facto e permitir que o terreno orgânico continuasse fabricando centenas de doenças.
b) Reconhecer o facto e, através de uma nova ciência assim nascida - Ecologia Humana - pôr em marcha um movimento radical de protesto contra a engrenagem industrial e seus efeitos na saúde humana;
c) Reconhecer o facto mas, deixando intacto o sistema industrial que fabrica carências e doenças, lançar a ofensiva terapêutica dos oligoelementos... em frasco.
Solução intermédia, esta última, não deixa de ser típica do modelo económico em que vivemos. Nasce uma nova indústria (a oligoterapia) para fazer frente e contratacar os malefícios para o homem de muitas e muitas outras indústrias.
A ciência dos oligoelementos mostra como economia e indústria comandam a investigação científica e condicionam o seu desenvolvimento ou atrofia.
A bioquímica desenvolve-se devido, em boa parte, ao contributo que foi chamada a dar para o de-senvolvimento das oligoterapias, uma indústria importante baseada exactamente, como quase todas as indústrias, na satisfação de necessidades e consumos que as outras indúistrias foram criando
A ciência dos oligoelementos é, nesse aspecto, típica. Sendo a carência de oligoelementos uma situação endémica no mundo industrial, directamente provocada pela poluição, pela refinação, pela industrialização, pela frigorificação e armazenagem, enfim, por todo o contexto da macrocefalia urbana e respectivo êxodo dos campos, este um subproduto da concentração industrial, irá provocar uma outra indústria - a oligoterapia - que pretende responder, pela via terapêutica, às carências bioquímicas criadas pela engrenagem industrial.
Um pequeno e primário raciocínio colocará frente às pessoas os dados indispensáveis para que cada um possa ajuizar da importância revolucionária que estas questões «elementares» têm para a humanidade, nascida da terra e que à terra terá de voltar.
Se os bioelementos condicionam o chamado terreno orgânico e este, por sua vez, condiciona praticamente todas as doenças, há um desafio contido nesta lógica que se torna, por dois motivos inquietante:
a) De um lado é espantoso que um assunto de tal importância ande a patinar há um século nos limbos da investigação, empalmado por elites e poderosos interesses económicos que comandam a exploração dos homens por alguns homens;
b) Por outro lado, é clamoroso que a ciência, a medicina, a política, ao constatarem a importância vital dos oligoelementos e a sua destruição no mundo moderno, finjam ignorar, iludam as pessoas, manipulem a opinião, só para não tocarem nos interesses intocáveis de tudo o que, na chamada civilização, conduz às doenças por carência.
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(*) Este texto de Afonso Cautela, 5 estrelas, foi publicado com este título na «Crónica do Planeta Terra», «A Capital», 17-11-1984

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