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Saturday, September 09, 2006

REGRESSO À HERESIA CÁTARA?

81-09-09> ahv = antes da hipótese vibratória

NASCEMOS PARA A MORTE:
OS CÁTAROS TINHAM RAZÃO?


9/9/1981 - A inevitabilidade, o fatalismo, a lógica de auto-destruição tem como corolário a falácia e falência das alternativas, conduzem a uma única (falsa) saída.
«O século XXI ou será religioso, ou não existirá século XXI» disse André Malraux.
Tudo o que nos rodeia - todo o meio ambiente, afinal - é um teste último e decisivo quando, como e o que aprenderemos com ele?
A lição, hoje, não se aprende na escola, nos livros, nos mestres e gurus, nos anfiteatros e academias. Tudo isso falhou na missão de transmitir aos homens a mensagem.
Por isso a mensagem nos chega hoje, sob formas diferentes: a crise do meio ambiente, a violência desencadeada, os fenómenos insólitos, as desaparições misteriosas, a aceleração vertiginosa dos acontecimentos históricos, a fragorosa derrocada de princípios, valores, mitos, filosofias, sistemas ideológicos, em suma: o caos. O desespero. A angústia.
Mas - dirá o carma yogui - quando se desespera de tudo é que surge a Fé.
Quando já não há saídas humanas, que saída nos resta senão transcendente?
A crise, o beco, o apocalipse, o terror seria, portanto, na perspectiva do carma ioga, a grande instigação à Fé para a humanidade perdida de hoje..
Será pelo diabo - ainda segundo o carma ioga - será pelo mal, pelo lado negativo (a «parte maldita» lhe chamou Georges Bataille) , pelo caos, pelo sofrimento sem limites, que aprenderemos Deus.
Será pelo caos que somos obrigados a sintonizar o cosmos, cuja noção, sensação ou intuição a ideologia dominante nos fez perder.
Será pelo paroxismo do sofrimento que ganharemos direito à libertação.
A ideologia dominante afirma o culto da vida e o horror da morte. Procura o bem e repudia o mal. Advoga a virtude e condena o vício. Vida e morte é o inflexível dualismo que o sistema nos impõe. Por terem tentado repor a ordem natural das coisas - «Nascemos para Morte» - os cátaros foram perseguidos e queimados.
Que mistério se guarda neste inversão de conceitos e valores?
O grande caos, hoje, empurra-nos para uma única saída: para a evidência de que estamos enganados. De que, afinal, como dizia Chestov, Dostoievsky e os cátaros, a vida é a morte e a morte é a vida.
A Fé, hoje, é saber que tudo se passa na realidade ao contrário do que proclama a ideologia dominante das instituições dominantes no sistema que totalitariamente nos encurrala.
A Fé é saber que o culto da vida leva à morte como lógica suprema . E que o culto da morte (o imenso saco onde pomos o rótulo de ciência oculta) seria, será afinal o único caminho da vida.
Até onde e quando perceberemos porque se suicidam os bonzos budistas e, agora, recentemente, algumas seitas?
Até onde poderemos perceber que o sistema segrega também, como inelutável necessidade, esses bodes expiatórios da violência que no seu próprio seio foi engendrada?
Até que ponto compreenderemos que os holocaustos, sacrifícios e suicídios são a imensa expiação do mal que quotidianamente praticamos, consentimos, provocamos, engendramos?
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