BOOK'S CAT

*** MAGIC LIBRARY - THE BOOKS OF MY LIFE - THE LIFE OF MY BOOKS *** BIBLIOTECA DO GATO - OS LIVROS DA MINHA VIDA - A VIDA DOS MEUS LIVROS

Thursday, November 02, 2006

D. CHOPRA 1996

1-3- chopra-1>noologia>

A INTELIGÊNCIA DO ORGANISMO EM DEEPAK CHOPRA

NEUROTRANSMISSORES:
CONDUTORES DE INFORMAÇÃO


  • Glossário básico em Deepak Chopra:

«A memória de uma célula é capaz de sobreviver à própria célula» (...)«O corpo possui uma mente própria»(...) « A delicada teia de informações que mantém o organismo unido» (...) «Receptores da célula são fechaduras em que só entram chaves muito especiais»(...) «Há alimentos tristes e alimentos alegres»
Deepak Chopra, in «Cura Quântica», Ed Difusão Cultural, Lisboa, 1991


Lisboa, 2/11/1996 - A questão que preocupa Deepak Chopra em quase metade do seu livro «Cura Quântica» - «a inteligência do organismo» - talvez pudesse ter uma resposta menos complicada, menos analítica e mais satisfatória para a prática médica, recorrendo aos postulados da Noologia Ortomolecular, em vez de, como faz Chopra, recorrer aos atalhos analíticos da ciência ordinária e experimental.
Talvez que, com a simples explicação yin-yang aplicada à célula, pudéssemos perceber melhor como é que a informação intercelular circula, passa ou não passa, em função do mecanismo sódio/potássio, ou seja, em função do binário yin-yang e do que a ciência conhece por PH. Melhor do que nos atascarmos no pântano de noções fragmentárias, peças de um puzzle interminável em que a ciência analítica se compraz:
Acetilcolina (67)
Dendrites
Dopamina (Deficiência em) (68)
Glicina
Neuropéptidos (74)
Neurotransmissores (66)
Norepinefrina (67)
Receptores da célula
Serina
Sinapses dos neurónios(57)

No campo da nomenclatura mais clássica , Chopra recorre também aos conceitos de
Glândula pituitária
Hipófise
Hipotálamo
Todos estes nomes da ciência analítica (no caso concreto da Bioquímica - do cérebro e do sistema nervoso) pertencem àquilo que Chopra define como «a delicada teia de informações que mantém o organismo unido» (49) .
Interleucinas e interferon, com a desinência «inter», têm o nome com elas, assim como os neurotransmissores .
A perplexidade que Chopra revela, no entanto, é a perplexidade natural da ciência ordinária que divide e subdivide, classifica, nomeia, analisa, experimenta para tentar explicar um mecanismo global mas, em fim de contas, apenas complica ainda mais o quadro, depois de ter uma lista de nomes - partes ou fragmentos - sem poder explicar o mecanismo global que afinal garante a intercomunicação e processos tão importantes decorrentes dela como:
Biocibernética
Homeostasia
Imunidade
Relógio biológico
Sinergia
etc.
De caminho, Chopra continua utilizando uma nomenclatura psicologística que só concorre, de facto, para a confusão. Listando esses vocábulos no sentido do mais para o menos confuso, indicaríamos:
Relação mente-corpo
Psicosomática
Bodymind
Poder mental
Mente
Cérebro
Menos equívocos porque mais globais, genéricos e holísticos:
Estrutura cognitiva
Pensamento consciente
Abordagem psicológica
Consciência Psicológica
Preferível porque ainda mais global, holístico e genérico:

Estados de espírito
Estados de consciência
Estados vibratórios de consciência ou estados de consciência vibratória é a designação-chave em radiestesia holística (gnose vibratória), na abordagem do continuum energético.
Isto sem falar da inesgotável nomenclatura psiquiátrica com os famosos rótulos postos às costas do doente como anátemas ou azorragues :
Neurose
Psicose
Esquizofrenia
Stress
Face a este quadro caótico, como são todos os quadros fornecidos pela ciência analítica, talvez não seja desaconselhável ir pela abordagem global e holística da Noologia Ortomolecular que procura, dentro do continuum energético, atribuir números em progressão logarítmica , em vez de palavras, com conotações equívocas, às energias.
A palavra «emoções» , por exemplo, situar-se-á no N32 ou, concretizando, em uma das 9 camadas da alma.
Já na metade do livro, Chopra explica com desenhos o que entende por «Cura Quântica», descoberta sua e título da sua obra.
De novo entramos sobre pormenorização de «partículas», já esquecida a noção básica que Chopra nos dá no prefácio, citando o famoso Stephen Hawking:
«Quantum é a unidade indivisível na qual as ondas podem ser emitidas ou absorvidas.»
A definição assemelha-se à de Mónada, dada por Leibnitz, mas isso levar-nos-ia a uma questão filosófica provavelmente interminável.
Com todas as agravantes de uma nomenclatura indutora de erro, mas a obra de Chopra ainda é das que põem à disposição do estudante das energias um conjunto de conhecimentos próximos daquilo que interessa à ciência noológica.
Não esqueçamos que a Noologia Ortomolecular está a nascer e que tem de ir buscar informações às fontes , neste momento, acessíveis, a maioria das quais se encontra inquinada por 41 mil anos de queda livre da humanidade.
O puzzle, nessas obras e autores, atingiu um tal estado de confusão que todo o trabalho consiste - como este guião de estudo e leitura pretende - em ir separando o trigo do joio, em ir deitando fora o acessório e recolhendo o essencial, em reunir e aproximar peças desavindas e aparentemente distantes, em ultrapassar as ciladas da palavra, a confusão das linguagens e nomenclaturas, a corrupção milenar dos símbolos.
O projecto da Noologia Ortomolecular - reconstituir a Biblioteca de Alexandria e, depois de Babel, reconstituir a linguagem original da vida, vai exigir tempo, paciência e alguma teimosia de quantos quiserem aderir a este projecto que - diga-se desde já - é um projecto cósmico a ambicioso.
Mas um projecto em que temos por nós o Cosmos se para ele trabalharmos com afinco , determinação e vontade.
Como diz a Grande Esfinge:
Saber
Querer
Ousar
Deter-se
Amar 6 vezes
Querer e ousar é fundamental, porque se constata que, no nosso tempo, há:
a) Muita gente a viver, à tripa forra, do negócio babélico da confusão de linguagens
b) Muita gente que sadomasoquisticamente gosta da confusão porque energeticamente é confusão e não quer tratar-se...
***

Labels: ,

MICHIO KUSHI : ARQUÉTIPOS 1996


5760 bytes ce-8

REALISMO FANTÁSTICO:
À PROCURA DOS ARQUÉTIPOS PERDIDOS



2-11-1996

«Os visitantes celestes traziam com eles a Ordem do Universo e o conhecimento de como usar o fogo.»
(...)
«A maior migração de visitantes celestes foi há 1.700.000 anos. Mais tarde houve outras mais pequenas».
(...)
«Os antigos podiam comunicar (e desdobrar-se) entre este e o mundo dos espíritos. Não existiam quaisquer barreiras que proibissem a entrada dos terrenos no mundo dos espíritos (...) Conseguiam desmaterializar os corpos e entrar no mundo da morte (mundo do espírito). Depois voltavam a poder materializá-los neste mundo.»
Michio Kushi, «O Livro da Macrobiótica», O Sétimo Círculo Editores, Porto, 1978

1 - Quando se fala de arquétipos, estamos a tornar verosímil a hipótese, realista mas fantástica , colocada por alguns autores, de «pessoas de outros plenetas, vindas do céu», como diz Michio Kushi, terem visitado a Terra.
Sem esta hipótese, de facto, quase nada na história do mundo faz sentido ou tem alguma lógica.
Dessa hipótese fantástica mas realista, derivam, para já, outros tantos axiomas básicos para nos entendermos em Noologia:
a) A existência de um Paraíso ou Idade de Ouro, que Michio faz remontar a 1/4 de milhão de anos (250 mil anos) mas de que outros autores darão estimativas diferentes
b) A capacidade quotidiana que os terráqueos teriam de materializar/desmaterializar
c) Desta capacidade decorre directamente a intercomunicação (telepatia) à distância, que hoje a ciência ordinária diz estudar experimentalmente como fenómeno PES (percepção extrasensorial)
As PES, aliás, seriam o pão nosso de cada dia antes da «catástrofe»: no seu conjunto, os fenómenos hoje classificados de parapsíquicos, constituiriam a rotina na Idade de Ouro (Ver o que se escreve no file sobre os protochineses, herdeiros directos do continente Mu e das capacidades inerentes ao Adam primordial antes da queda, ou seja, ao Adam da Idade de Ouro)
d) Michio situa essa catástrofe, como se disse, à volta de há 12 mil anos, outros autores situam-na há 41 mil anos e falam, tal como a Bíblia e muitas outros textos sagrados, de «Queda»
e) Única dúvida neste quadro óbvio: saber se a Queda corresponde à perda de capacidade transmutativa - materialização/desmaterialização - ou se a Queda significa a catástrofe material provocada pela alteração do eixo da terra - o que modificou a posição dos pólos e do equador (Ver gravuras no livro de Michio, pg 86), ou se ambas as coisas, ou se ainda uma quarta hipótese.
Transmutar a matéria - materializar/desmaterializar - estaria assim muito próximo da Alquimia - 1ª ciência das 12 ciências sagradas - , não sendo de admirar que as energias filosofais do Enxofre, Mercúrio e Sal se situem à saída do canal cósmico, como indica o Diagrama nº21)
f) Livros como o «Génesis» e o «Apocalipse» terão que ser lidos não como relatos de lendas mas como mensagens codificadas que importa descodificar.
À luz da hipótese «visitantes celestes» , a hierarquia das grandes civilizações pode, finalmente, ser estabelecida (Ver Diagrama Nº 21) da Lemuriana à Hebraica, assim:
Lemúria
Atlântida
Celtas
Mesopotâmia
Índia
Egipto
Hebreus
g) Chegar aos arquétipos é chegar à informação de origem celeste.
A importância energética do som (alfabetos, vogais, mantras, música, etc) deriva daqui, como Michio Kushi também nos lembra: é a forma de acesso mais pura aos arquétipos. Atendendo à degradação sofrida pelas inscrições escritas (ocorrência onde se inclui a torre de Babel e a confusão das línguas), pelo som se poderá sintonizar algo da informação primordial. Tal como no sonho. ( Sobre a degradação dos símbolos primordiais, ver Lavier, «Bio-Energétique Chinois», Maloine, 1976 )


h) Se essa informação está, como não pode deixar de estar (o código genético é ininterrupto) no ADN da célula - sob a forma de memória genética - talvez a linguagem vibratória de base molecular, inventada por Étienne Guillé, seja uma forma de comunicar de novo com os arquétipos e, portanto, com os deuses ou visitantes celestes
i) A grelha das letras estabelecida por Etienne Guillé é o instrumento que temos à disposição para esse diálogo com os deuses. A «tradução vibratória» , através da grelha das letras, significa a reconstituição das palavras, no sentido de conjunto de sons que os deuses ensinaram aos humanos nesses recuados tempos de há 250 mil anos...
j) O alfabeto terá sido assim uma invenção dos deuses, o que não significa que os homens não tenham inventado nada, nem sequer o fogo, tradicionalmente obra dos deuses. Talvez o barco a remos, talvez as estradas, talvez os canais de rega, etc.
Mas o Alfabeto e os Números, não. Mas o Fogo, não. O que deverá colocar , por natureza de origem, a Alfabetologia e a Numerologia no grupo das 12 ciências sagradas.

2 - Apropósito de arquétipos, idade de ouro, visitantes celestes, alfabetos, números, sons, fogo celeste, sublinham-se 4 obras que podem constituir matéria de leitura interessante:
a) O Continente Perdido de Mu , James Churchawrd, Ed Hemus, São Paulo, 1972
b) Uma História do Paraíso, Jean Delumeau, Ed. Terramar, Lisboa, 1994
c) A Procura da Língua Perfeita, Umberto Eco, Ed. Presença, Lisboa, 1995
d) Bio-Énergétique Chinoise, J.A. Lavier, Ed Maloine, Paris,1976

Labels: ,

Wednesday, November 01, 2006

J. NEEDLAMAN 1998

1-1 -98-11-01-ls> leituras selectas- 1664 bytes 607 caracteres - need> emcurso> livros>

LABORATÓRIOS DE INICIAÇÃO

Lisboa, 1/11/1998 - A ideia de «laboratório» surge, de repente, na descrição de um mosteiro budista como o de Tassajara, narrado no livro de Jacob Needleman, «As Novas Religiões», página 77 da edição brasileira.
Assim se liga, com naturalidade, à ciência iniciática, a ideia laboratorial (experimental) que a ciência positiva também tem, talvez porque da tradição iniciática o tivesse roubado.
Sim, laboratório de ciência iniciática, se dermos à palavra «iniciática» a significação elástica que também temos de usar quando dizemos «yoga» sinónimo de «religião», isto é, «religação».
***

G. LIPOVETSKY 1998

11-1 - 98-11-01-ls> leituras do ac - moda-4>

1-11-1998

LEITURAS DE SÍNTESE HOLÍSTICA - O IMPÉRIO DO LUCRO

O elogio do fenómeno «moda» feito por Lipovetsky, inscreve-se numa estratégia de branqueamento e marketing a que alguns filósofos universitários se têm dedicado, tentando camuflar as raízes ideológicas da violência em que a sociedade industrial se estrutura.
Como alguém disse, todas as indústrias são de guerra e estruturalmente violentas as tecnologias de manipulação que a servem. A moda, tal como a poluição publicitária, sendo um sintoma benigno, precisa, apesar disso, de quem a torne ainda mais atractiva e atraente, fingindo que ela cai do céu e não obedece a venais mecanismos de lucro.
É esse o trabalho de Lipovetsky, dar o estatuto de fenómeno social e cultural a um processo - a moda - que é apenas motor de lucros . Tratado de conformismo e verdadeira cartilha (ou bíblia) dos que têm como ideal de vida usufruir sem remorsos os últimos dias do planeta Terra, o livro «O Império do Efémero» pretende restituir a boa consciência às instituições que porventura pudessem começar a ficar com ela um bocado pesada (o que nem sequer é provável...). É o caso da instituição universitária, a quem Lipovetsky presta natural e obviamente vassalagem.
-----
Gilles Lipovetsky - O Império do Efémero - Ed. Dom Quixote, Lisboa, 1989
***

S. TOMAS 1984

2432 bytes 1228 caracteres - aquino > emcurso> livros> notas de leitura – o alfabeto luminoso

EM DEMANDA DOS MUNDOS PARALELOS:
OS PRODÍGIOS DO REAL

Lisboa, 1/Novembro/1984 - Prodígios sobreumanos ou sobrenaturais surgem nas biografias de Santos como Tomás de Aquino, o Doutor Angélico que morreu já em cheiro de Santidade, rodeado de acontecimentos que os cépticos logo classificarão de lendários.
Para um investigador dos mundos paralelos, são factos, no entanto, suficientemente documentados para que o maravilhoso possa ser apenas ficção de fiéis e cegos adoradores do Santo.
Uma visão realista fantástica dirá que tais maravilhas não devem ser enfatizadas, e que não sucederam apenas a figuras excepcionais ou «santas», embora os relatos históricos só a estes naturalmente se refiram e não a dezenas de figuras anónimas!
Quantas maravilhas com pessoas anónimas não ficaram no esquecimento?

Lisboa, 1/Novembro/1984 - Será o yoga a democratização da santidade?
O esforço para atingir Deus, que nos é narrado pelas biografias de Santos, revela o carácter rígido da religião ocidental em contraste com a descontracção e simplicidade do yoga. O que só alguns, a pulso, conseguem pela via do misticismo, é o que o comum dos mortais pode conseguir pela técnicas rigorosas e universais do yoga.
***

Labels: ,

S. PAULO 1984

1-1- reich-2-ls> - 2555 caracteres - solta do jornal - secção «margem esquerda» solta do «largo» - secção «releituras» - secção «heresias e heresiarcas» - notas de leitura

HERESIAS E HERESIARCAS
SÃO PAULO OU WILHELM REICH?
ENERGIA OU ENTROPIA?

1/Novembro/1984 - «Leit motiv» do pensamento incómodo e inconformista é este: «Saber se estamos aqui para gozar à borla até cair de borco, ou se estamos aqui porque temos efectivamente dívidas antigas a pagar, até ao último tostão, tudo quanto os sentidos usam e abusam como se gastassem mercadoria alheia. Como se a vida fosse grátis.»
Só que não é, a julgar pela importância que o sofrimento assume na tragicomédia da existência humana. Estamos num beco sem saída: ou expiamos pelo sofrimento tudo o que gozamos (karma yoga?), ou o prazer recarregará de culpas a nossa contabilidade até aos limites inacreditáveis atingidos hoje pelo sofrimento humano, de que o noticiário quotidiano é bem elucidativo espelho.
«O corpo não é teu mas tens que dar conta dele» - diz São Paulo,(*) mas a verdade é que o cristianismo rejeitou a lógica cármica que daria sentido a este aviso, sem nunca mais encontrar o Norte. O Norte que, por sinal, fica a Oriente. Sabe-se lá porque o fez.
Só se a contabilidade entre o céu e a terra existir, faz sentido querer ou não querer tê-la em dia.
Pergunta: os hedonismos pagam-se, portanto, caros e sem juros?
Nos relatos sobre os frades contemporâneos de S. Francisco de Assis e que o seguiam, surgem frequentemente referências ao «combate» destes pobres monges contra as «tentações». É uma contabilidade que frontalmente choca com os hedonismos de todos os tempos, defensores do máximo de entropia a que chamam prazer.
Ora o hedonismo de hoje conduz à destruição pura e simples do Planeta, pelo que, em termos de economia energética global, não é nada rentável. Por isso, o problema se coloca também em termos de contabilidade cósmica: serão as cedências ao prazer gratuito (pelo qual nada se paga ou nada se julga pagar) as tais tentações contra as quais os pobres frades franciscanos se precaviam e contra as quais combatiam, com unhas e dentes?
Ninguém dos hedonistas quer ser sexualmente conservador e casto: a castidade tornou-se um conceito «beato», abominado por liberais, libertários & libertinos. Para uma época de libertinagem sexual (entropia), quando a revolução se identifica com a revolução sexual (Wilhelm Reich, o mais torturado dos pensadores modernos), retomar a prédica de S. Paulo aos Coríntios tem riscos de heresia. Heresia que, para um pensador incómodo, é tema de interesse e suficientemente fascinante para aprofundar a investigação.
Subvertendo S. Paulo, os hedonistas proclamam «fornicai-vos uns aos outros», enquanto accionam o negócio moderno da pílula anticoncepcional, talvez a indústria multinacional mais lucrativa e a mais reprodutiva de novas indústrias endemiantes ( patológicas).
------
(*) «O Pensamento Vivo de São Paulo», Jacques Maritain, São Paulo, pgs 78 e 79
***

Labels:

J. RUFFIÉ 1998

ruffie-1> leituras de síntese holística


DA SAUDÁVEL HERESIA AO CONFORMISMO - A RELIGIÃO DA CIÊNCIA NO «DARWINISMO SOCIAL» DE JACQUES RUFFIÉ

AUTORES CITADOS:

Claude Lévy- Strauss
Darwin
E. Wilson
Francis Galton
Gobineau
Herbert Marcuse
Hitler
John Michell
Malthus
Marx
Mussolini
Wagner

1/11/1998 - Jacques Ruffié, em «Sociobiologia ou Bio-Sociologia» analisa as raízes recentes da grande burla que é a sociedade industrial, a que por vezes se chama civilização e mesmo progresso, com todos os mitos de pacotilha que a ornam.
Contando a crónica que levou a engrenagem contemporânea a adoptar como leis científicas as teorias de cérebros tão ordinários como Darwin, Malthus ou Francis Galton (a santíssima trindade que deu estatuto ideológico ao racismo inato na espécie humana), Ruffié deixa claro como o fanatismo se tem apresentado , no século XX, em nome da ciência e do dogma científico.
As leis biológicas do animal aplicadas à sociedade humana apenas conseguiram que esta se colocasse...abaixo de cão, sem ofensa para o cão que não tem culpa e fechando todas as saídas para a humanização: Ruffié aponta o ecologismo pacifista (?) , por um lado, e o terrorismo das brigadas vermelhas (páginas 76 e seguintes) , por outro, como os únicos sinais de que o inconformismo ainda não morreu de todo no seio do «homem unidimensional» (Herbert Marcuse).
Mas não há bela sem senão: o ensaio de Jacques Ruffié, publicado pela editora Fragmentos, ilustra curiosamente um caso de pensamento híbrido entre a heresia mais radical - até à página 81 - e o mais deslavado conformismo, o qual começa exactamente com o capítulo sobre «A Sociedade Populacional», impregnado de neo-maltusianismo primário.
A partir daí, Ruffié entra no desnorte completo, sucedendo-se os elogios positivistas ao progresso em geral e à medicina em especial, aliás em perfeita e completa contradição com as teses anteriormente apresentadas.
Vá lá perceber-se esta gente , que mesmo quando avança um bocadinho na heresia (e portanto na luz, e portanto na lucidez) logo encontra maneira de deitar tudo a perder, chafurdando outra vez na apagada e vil tristeza do conformismo com o status quo.
Antes da página 86, Ruffié denuncia Malthus como um dos autores da barbárie moderna, não poupando a uma crítica demolidora a sua teoria, tal como não poupara a de Darwin e seus seguidores, como Francis Galton ou E. Wilson.
Da página 83 até final, é uma enfiada de lugares-comuns maltusianos e positivistas, em acordo completo (dir-se-ia hipnótico) com a lógica perversa anteriormente denunciada. Intitula-se, aliás, «A perversão do sistema» o capítulo onde Ruffié leva mais longe a análise do vómito moderno chamado civilização.
Claude Lévy Strauss tinha razão quando considerava «impensável» este tempo e mundo, quando reconhecia que já não havia para o pensador profissional margem de manobra que lhe permitisse a mínima independência face à manipulação autofágica do sistema.
A engrenagem chegou, de facto, ao ponto óptimo do «homem unidimensional» (Herbert Marcuse), quando já ninguém consegue vê-la e pensá-la de fora e tudo quanto se diga, escreve ou pense deriva apenas do poder manipulatório que ela detém sobre as consciências e as inteligências, mesmo as mais poderosas como a de Jacques Ruffié.
Não é um desastre mas é uma pena. A luzinha ao fundo do túnel que este médico e biólogo, professor no Colégio de França, abre até à página 81, apaga-se depois completamente, como se vento maldito soprasse, deixando-nos outra vez às escuras.
Paciência. Esqueçamos os outros e falemos apenas dos capítulos 23 e 24, deste quarto volume do «Tratado do Ser Vivo», empreendimento editorial da Fragmentos que merece rasgados elogios.

DARWINISMO SOCIAL

A tese mais interessante de Ruffié gira à volta do que ele designa por «darwinismo social». Fenómenos como as guerras de extermínio, não seriam, à luz dessa tese, um produto automático da maldade humana mas fruto do darwinismo como ideologia.
O eugenismo ou selecção da espécie -técnica aperfeiçoada pela Alemanha nazi do Terceiro Reich - seria, segundo Ruffié, consequência também do darwinismo social. Francis Galton, por ele citado, defenderá «a melhoria da espécie humana através de uma selecção judiciosamente provocada, tal como os criadores de gado fazem, desde tempos imemoriais, com as raças domésticas.» Galton limitava-se a desenvolver premissas que já se continham em Darwin.
Aliás, com as teorias de Darwin e Malthus, a ciência transforma-se definitivamente em dogma religioso, dando lugar não só ao citado eugenismo mas a todo o espectáculo de violência cientificamente organizada e justificada, espectáculo que é hoje, graças à ciência e à tecnologia, o gulag planetário.
Como prova Ruffié, os concentracionários nazis e os gulags soviéticos não são erupções da «irracionalismo» na face imaculada do racionalismo reinante mas construções tecnoburocráticas, onde o indivíduo nem sequer como número conta.
Curioso, para avaliar o alcance desta tese, é que ainda temos hoje intelectuais de esquerda, aos saltos, para quem a ciência em geral e Darwin em particular são considerados arautos do progresso e da evolução humanizadora (livra!).

OS GOBINEAU ESTÃO AÍ

Ruffié explica a génese histórica do «biofascismo» a que raros franco-atiradores se têm referido, ignorando que tinham afinal muito mais razão do que julgavam para usar essa expressão, classificada por alguns professores e doutores em ecologia como excessivamente radical.
Não me parece que Ruffié seja um anarco-radical e no entanto ele vai muito mais longe na denúncia do tecno-terror do que alguma vez o foi o mais radical dos pensadores de esquerda.
Percebem-se agora melhor os equívocos do movimento ecologista nos tempos heroicos, identificado pelas elites intelectuais com o ambientalismo maltusiano, a que só raros têm tido coragem de se opor, tão poderoso é ele nos meios internacionais (como a FAO, a ONU demográfica e a OMS) onde se traçam as linhas de política contra a poluição...
Ruffié deixa claro como e porque se tentou amalgamar a água e o fogo, ou seja, o radicalismo ecológico de fundo social e político com o biologismo racista que tem levado a todos os Gobineau da política e da cultura, nomeadamente os que agem em nome (sob a capa) da ciência médica. Mais virulentos do que a sida, os Gobineau estão aí em todos os canais e em todos os tempos de antena. Há sempre um jornalista para lhes ouvir as exéquias.
Espanta como não havia sinais de que ninguém, antes de Ruffié, tivesse a coragem intelectual de dizer que o rei vai nu, havendo guardado todos, à esquerda e à direita, a leste e a oeste, um silêncio cúmplice sobre a verdadeira face do darwinismo e dos darwinistas, essa pequena família de tarados que tomou conta do mundo em menos de um século.
Ruffié não poupa , aliás, nenhum deles, à esquerda e á direita, nem os mais ilustres como Wagner ou Marx. ele conseguiu descobrir na obra destas sumidades, longas ou breves passagens escritas, reveladoras do biologismo racista que presidia à música de um e à economia política do outro.
É um trabalho de sapa temível e fascinante. Ruffié desmonta até ao milímetro as raízes da porcaria contemporânea, à qual se têm posto vários nomes eufemísticos mas sinónimos:

Concorrência capitalista
Crescimento industrial
Desenvolvimento
Gulag
Lógica de mercado
Modernização
Poluição
Publicidade
Sociedade unidimensional
Tecnoburocracia
Universo concentracionário
etc..
Já John Michell, ao proclamar que o macaco descende do homem pós darwiniano, levantara a lebre, lembrando que Darwin foi livro de cabeceira de patriarcas como Marx, Hitler e Mussolini. Ninguém ligou a John Michell, que é autor de novelas fantásticas. Quem irá agora ouvir Ruffié, catedrático do Colégio de França?
«Estaline era darwiniano sem o saber», escreve ele na página 37 da edição portuguesa.
Bela como uma heresia é também esta sua afirmação:«Com um século de recuo, podemos interrogar-nos serenamente sobre o papel do cristianismo, ou melhor, da Igreja, na génese e na implantação do marxismo.» (página 39) .
Outra prática da sociedade actual de merchindising - os testes psicotécnicos - é desmontada por Ruffié que lhe descobre o mecanismo de relação com todo o sistema repressivo em vigor nas democracias da competição e da competência. O trabalho em geral e os mitos do trabalho, encontram-se igualmente radiografados no ensaio de Ruffié.
Só lhe faltou denunciar o mecanismo que preside a essa fraudezinha chamada « quadro de best-sellers» das nossas imprensas, pelo que espero vê-lo, ao livro da Fragmentos, muito em breve no top das vendas...
-----
(*) Jacques Ruffié - Tratado do Ser Vivo - IV - Sociobiologia ou Bio-Sociologia - Ed. Fragmentos
***

J.A. LAVIER 1996



1-5 - lavier-1-ls- obviamente editável com urgência em leituras selectas apontando para pesquisa net – 10485 caracteres - 5 páginas - lavier-1 - transcrição doc de um único file wri do mesmo nome lavier-1- leituras de noologia
+
11.648 bytes - lavier-1

IDEOGRAMA A IDEOGRAMA

ATÉ À IDADE DE OURO E AO PERDIDO CONTINENTE MU

Lisboa, 1 /11/ 1996 - Um paleógrafo tem sempre alguma coisa de interessante para nos dizer, para nos decifrar. E quanto mais antigo for o código, o texto, a cifra, a inscrição, o símbolo, melhor.
Especializado em decifrar textos cifrados, inscrições, palavras, letras, símbolos, ideogramas, o paleógrafo é um auxiliar precioso de uma das 12 ciências sagradas - a Alfabetologia. E se for um encarregado do curso de Paleografia Chinesa , na Universidade de Montpellier, ainda melhor. Tem todo o peso institucional que um «chargé» implica . Mesmo quando se trata de ciências sagradas, convém estar de bem com as beneméritas instituições profanas.
É o que vamos encontrar em J.A. Lavier, especialista em Sinologia, especialista em Bionergética Proto-chinesa e, melhor ainda, especialista em Paleografia Proto-chinesa. Ele está à vontade dos dois lados: na ciência profana e na ciência sagrada. Vai às fontes, às raízes, antes da confusão babélica. Apanha os símbolos antes de eles serem degradados por tradutores/traidores, escribas pouco escrupulosos, comentadores/ruminadores, intermediários de toda a ordem.
Aproveitemos do seu meticuloso trabalho, feito com chinesa paciência. É um regalo seguir a sequência de símbolos apresentados por J.A. Lavier, em «Bio-Énergétique Chinoise» , Ed. Maloine, Paris, 1976/1983. E, com o pêndulo de radiestesia, aproveitar esse banho de vibrações primordiais que os ideogramas por ele decifrados certamente contêm.

Os opostos - A decifração de símbolos tem muito a ver com alguns opostos significantes do tipo:
sedentário/nómada
Norte/Sul
Este/Oeste
pai/mãe
Rio Amarelo/Rio Azul
poder espiritual (qualitativo)/ poder material (quantitativo) nomeadamente em livro onde se esmiuça uma bioenergética toda ela baseada no binário yin-yang.
Binário, não. O senhor J.A. Lavier, com o peso da sua autoridade académica, insurge-se contra esse hábito degradante de considerar o yin- yang um binário. Não senhor, assegura ele, até o especialista em sinologia, Marcel Grasset, meteu a pata na poça. A página 31, Lavier argumenta:
«Yang e Yin não podem ser concebidos separadamente um do outro. Dizer Yin-Yang é exprimir necessariamente um ternário, no qual o traço de união toma um notável valor.»
Para Lavier e sua minúcia caligráfica de paleógrafo, a obra clássica de Marcel Grasset «La Pensée Chinoise» começa por um erro, porque considera Yang e Yin um binário, o que é, para Lavier, uma pura impossibilidade: « É só a partir do Ternário que se pode falar de manifestação.»

Ocorrrências unitárias - Mas J.A. Lavier não é só perito em ocorrências binárias. Ele regista, com particular acuidade, ocorrências unitárias relevantes, ou seja, ocorrências (ainda) sem oposto conhecido.
Como por exemplo:
a) Os protochineses foram um povo «solar» como os primeiros egípcios e os Maias, e construíram pirâmides, símbolos indissociáveis do Sol, atrás do qual aparece a unidade criadora
b) A tradição protochinesa falava do homem Primordial, ou Homem Perfeito, cujos sucessores perderam, a pouco e pouco, as qualidades e capacidades, o que é conhecido como «queda do homem» comum a todas as tradições.
c) A Bíblia judaico-cristã «coloca a era dos gigantes imediatamente antes do Dilúvio, ou o Dilúvio imediatamente depois da Era dos Gigantes» - diz A.J. Lavier
d) Com base nestes pressupostos alegadamente encontrados no que Lavier chama os protochineses, verificam-se 2 outras notícias interligadas relevantes:
dd) O gigante Kong Kong teria feito oscilar (!!!) a Terra, elevando-a a Leste (Himalaia) e afundando-a no Oceano a Leste.
ddd) Este afundamento teria sido o Dilúvio e teria sido o afundamento do Continente Mu (Mou) conforme a tese de James Churchward que J.A. Lavier perfilha.

( Ver « O Continente Perdido de Mu», James Churchward, Ed. Hemus, São Paulo, 1972)

Sem esquecer que é paleógrafo, ele levanta então um problema de vogal a mais ou vogal a menos na palavra Mu.
«Com efeito - escreve ele, com a pertinácia irresistível que o caracteriza - se se estabelecer uma lista de caracteres chineses que se pronunciam Mou em francês, levando em conta os caracteres implicados pela pronúncia derivada Mwo, encontra-se uma lista interminável de significados que o Mu, Mou ou Mwo quer dizer:
matriz
modelo
amar (querer)
túmulo
sepultura
velhice
tarde
declínio
fim
mãe
princípio
fundamento
mergulhar
mestre
magestade
dignidade
afecção
harmonia
concórdia
deserto
obscuridade
silêncio
miséria
calamidade
doença
encobrir
etc
Desta lista - heterogénea demais para se lhe encontrar assim um fio condutor tão patente - retira , no entanto, Lavier uma ilação algo abusiva, perguntando:
«Não estará aí, em qualquer hipótese, uma evidente alusão à Terra-mãe de Mou e ao seu desaparecimento catastrófico?»
Como assim, senhor Lavier?
Quanto à lista que ele considera tão significativa, sublinho com regosijo: Afinal, não é só o sr. Afonso Cautela que gosta de listas. O sr. Lavier também.

Toda a história de Mu num só ideograma - Outra vez dentro da sua especialidade - a paleografia chinesa - J.A. Lavier aparece muito mais convincente quando nos diz que um determinado ideograma (dos muitos que ele genialmente descodifica e que fazem deste livro uma verdadeira obra-prima das ciências sagradas) significando Hai acaba por ser decifrável « se aceitarmos a tese do continente tragado de Mou» e que tudo, nesse ideograma, « se torna límpido: a água e o mar que cobre uma mulher».
Ou seja, segundo Lavier, esse ideograma (que poderão ver na página 15 da obra) conteria a história admiravelmente resumida do continente desaparecido, origem presumível das civilizações periféricas do Pacífico, de que os protochineses - conforme ele lhes chama - seriam uma delas.
Com esta ousadia de paleógrafo, é de admitir que toda a gente se faça militante de Lavier e da Paleografia, pelo menos os que adoram teses ousadas e maravilhosas, que nos remetem para a (nossa) Idade de Ouro.
Defendidas então por um austero decifrador de códigos - insuspeito de gostar de literatura de ficção - é irresistível.
Como irresistível é a sua tese sobre os povos de conquistadores (Mongóis, Turcos e outros abutres da época) que teriam ocupado e tentado dizimar os protochineses.
Significativa e muito elucidativa é a lista de ocorrências que, a partir dessa conquista, Lavier atribui ao invasor:
tortura
massacres
poligamia
eunucos
astronomia zodiacal
calendário lunar
panteão de deuses sangrentos

Desta vez a lista é capaz mesmo de ser homogénea...

Os jornalistas de ontem - Sinal de uma cruel decadência , para Lavier, é o comportamento dos escribas, que não se ensaiavam nada - tal como os jornalistas de hoje - em fazer falsas grafias dos textos e caracteres que lhes competia preservar.
É o que torna o livro de Lavier um livro-chave em Noologia: ele realiza, com paciência de paleógrafo, a decifração, ideograma a ideograma, de tudo o que constitui a primordial linguagem dos símbolos protochineses, directamente herdados dos deuses de Mu ou Mou.
Quando falamos de emocionante, fascinante e maravilhoso das 12 ciências sagradas é evidentemente disto que falamos: chegar ao continente perdido de Mu e à respectiva Idade de Ouro, ideograma a ideograma.

Taoísmo deu Zen - Encontramos em J.A. Lavier a explicação histórica de o Taoísmo ter sido chamado Zen, como acontece, por exemplo, em Jorge Oshawa: «Seguindo as pisadas dos turcos, o budismo entrou na China cerca do ano 400. Esta doutrina foi interdita no século IX, pelas suas tendências igualitárias, mas teve tempo de digerir o taoísmo que se transformou em Chan, mais conhecido pelo nome japonês Zen.»
É o que diz J.A. Lavier, página 21 da sua magnífica obra «Bio-Energétique Chinoise».

Reino Hominal - Todo o capítulo II - «Entre Céu e Terra» - do livro de Lavier é uma magnífica introdução à Noologia.
Na impossibilidade de o traduzir na íntegra, assinala-se aqui o que ele nos diz da questão de fundo:
Onde está afinal a Idade de Ouro? Já foi ou irá ser?
Chamando hipótese à tese darwinista/evolucionista, lembra que as tradições são unânimes em 2 pontos precisos:
a) A grandeza do antepassado face à degradação do homem actual
b) A ligação desse antepassado a uma qualquer linha animal.
E cita Antoine Fabre-d'Olivet, que estudou a fundo a história filosófica (a história noológica) do género humano:
«Os filósofos, naturalistas ou físicos, que fecharam o homem na classe dos animais cometeram um enorme erro. Enganados pelas suas observações, pelas suas frívolas experiências, eles negligenciaram consultar a voz dos séculos, as tradições de todos os povos. Se tivessem aberto os livros sagrados mais antigos do mundo, chineses, hindus, hebreus ou persas, teriam visto que o reino animal existia antes do homem.
Quando o homem apareceu sobre a cena do universo, formou só por si, um 4º reino, o Reino Hominal.
Este reino é chamado P'an Kou pelos chineses
Pourou pelos brâmanes
Kai-Omordz ou Meschia pelos sectários de Zoroastro
e Adam pelos hebreus.»

Fabre d'Olivet explica:
«É preciso entender por Adam , não um homem em particular mas o Homem em geral, o homem universal, o género humano inteiro, o Reino Hominal, enfim.»
Lavier termina em apoteose este capítulo fundamental em Noologia :
«A consequência mais evidente desta «queda» do homem que todas as tradições sem excepção descrevem, deste envelhecimento da humanidade, consiste em uma esclerose que extingue certas funções e atributos que o antepassado normalmente possuía. No venerável clássico «Nei Tching Sou Wen» , o imperador Amarelo confirma:
«Os nossos antepassados eram gentes extraordinárias: viviam durante centenas de anos, nunca estavam doentes, sabiam deslocar-se no espaço com meios que nós não temos, viam e ouviam coisas que nós não vemos nem ouvimos. A humanidade teria perdido alguma coisa?» - pergunta ironicamente Lavier:
«Toda a aparelhagem dos nossos engenheiros (...) é profética na medida em que tende a substituir funções que o homem perdeu no decorrer do seu envelhecimento.»
Telepatia
Vidência
Telequinésia
Levitação
seriam alguns dos poderes perdidos pelo homem da queda.»
Um desafio final:
«O médico encontrará no ponto de vista tradicional a explicação das doenças degenerativas e porque estas doenças se manifestam em pessoas cada vez mais jovens.»
Lisboa, 1/11/1996
***

Labels: