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Saturday, September 02, 2006

UNAMUNO 1953

99-09-07-ls> = leituras selectas do ac - 60anos-1> anos sessenta - em demanda do novo paradigma

7-9-1999

A FILOSOFIA EXISTENCIALISTA:
UM SINTOMA DA DOENÇA, TAL COMO A POLUIÇÃO

[4-9-1999] Este texto inédito tem de comum com alguns outros, o facto de partir de uma ideia de ecologia mas alargá-la depois a temáticas bem distantes e mesmo «metafísicas». É o que hoje chamaria ecologia alargada, tal como a encontro em Etienne Guillé. A civilização como doença era já, há 40 anos, metáfora dominante no realismo ecologista de que tanto falei. Ou - falando de doença - da ecologia humana de que também tenho falado. Já tinha passado por uma forte influência existencialista, não ideológica mas daqueles filósofos, como Kierkegaard, que incarnaram - em sentido literal - a vivência existencial.
Pela primeira vez surgiu-me neste texto a ideia de que a pulsão autodestrutiva desta civilização - e portanto a crise ecológica - advém do desespero ateísta que a domina. Dostoiewsky tinha-o visto: «Mortos os deuses, o homem mata-se a si próprio.»
E Malraux: «O século XXI será religioso ou não será.».
Será inútil relembrar que esta ideia religiosa era e é tabu entre os intelectuais que se dizem amigos do ambiente e que, evidentemente, têm de encontrar razões imanentes para a destruição ecológica. Jamais eles falam em «doença da civilização». Em que eu sempre falei. Não sei se a expressão «ciência ordinária» foi a primeira vez que a escrevi ou se já antes disto a teria «descoberto». Enfim, a demanda de um novo paradigma contra a ciência ordinária, parece ser a constante mais remota das minhas várias fases: surrealista, realista fantástica, existencialista, prospectivista, ecologista, pós-ecologista (holística), yin-yang e radiestesia holística (4/Setembro/1999)

A NUVEM POR JUNO

O mais patético dos que tomam a nuvem por Juno, dos que fazem da poluição industrial o alvo de um combate nem sequer quixotesco (porque visa lucros e a recuperar com lucros os crimes perpetrados contra a natureza) é que não interpretam a poluição como sintoma de uma profunda , antiga e generalizada doença, chamada civilização ocidental, cultura europeia, ciência ordinária, filosofia, etc.
A poluição é, ao fim e ao cabo, apenas um dos sintomas mais recentes da doença que há muito se declarou e ue pode ser percebida , lida, compreendida, verificada, através dos sintomas que são, que foram, inclusive, os autores de sistemas filosóficos.
Tudo se compreende com meridiana clareza quando é revisto a esta luz.
Pobres filósofos que, na imensa noite e na imensa doença chamada civilização, marraram contra a parede , contra o absurdo, muitas vezes e quantas vezes tendo na mão o amuleto capaz de exorcismar todas as angústias, todas as revoltas, todos os desesperos, mas sem o saber utilizar.
Mais: com o amuleto na mão e deitando-o deliberadamente fora, porque o sistema os obrigava a isso.
Os filósofos chamados pessimistas e , em séculos mais recentes, os chamados «existencialistas» , com seus gritos, suas aflições, suas insónias, seus calafrios, são bem a imagem, o sintoma de uma doença cada vez mais incurável, com sintomas cada vez mais nítidos e frequentes.
Doença que, acima de tudo, se caracteriza por uma progressiva cegueira para tudo aquilo que possa exactamente pôr em questão os fundamentos da própria doença.
A doença ocidental e os seus filósofos mais representativos - Kierkegaard ou Unamuno, Kafka ou Leopardi, Schopenhauer ou Nieztsche - caracteriza-se fundamentalmente por criar essa espécie de catarata ideológica que impede de ver tudo quanto não seja e não ajude ao progresso da própria doença.
Ler Miguel de Unamuno e o seu grito de alarme - «O Sentido Trágico da Vida» - é ler os sintomas exacerbados da doença que se reconhece , confessa e não ultrapassa.
Para lá do interesse, quase mórbido, que essa fascinante leitura suscita a um militante radical da dialéctica, cronista de uma heresia que sempre acompanhou a tirania chamada «civilização», para lá do muito que se aprende e sofre nesse testemunho de beleza inigualável que é o livro de Unamuno, importa ao militante historiador da heresia detectar algumas passagens francamente demonstrativas do apego ao erro (típico da própria doença) e de rejeição apriorística das raras janelas terapêuticas que ao efeito se podem abrir e, portanto, à cura da Doença.
Fala Unamuno dos «upanishads» mas o seu despeito irritado logo se revela nesta torrencial acusação ao monismo das cosmologias extremo-orientais:
«Aquilo a que eu aspiro não é submergir-me no grande Todo, na matéria, ou na força , infinitas e eternas, ou em deus . Aquilo a que eu aspiro não é a ser possuído por Deus mas a possuí-lo, a fazer-me Deus, sem deixar de ser o eu que vos digo ser neste momento. As astúcias do monismo (sic) de nada nos servem. »
(O Sentimento Trágico da Vida, Porto, 1953)
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MARIALVISMO 1971

71-09-04-dl> = diário de um leitor distraído – publicado ac de 1971

MARIALVISMO DO "TEMPO ESCANDINAVO"

4/9/1971 - Bem pode o autor, em nota inicial, negar que o seu livro seja auto-biográfico. O protagonista de Tempo Escandinavo tem todas as características que assinalam o narrador de O Mundo dos Outros e o lírico de tantas poesias. Quer dizer : poderá, de facto, tratando-se de uma transposição literária, que nada disto que acontece a Raul tenha acontecido a José Gomes Ferreira.
Mas o principal não está nos acidentes e eventos mas na idiossincrasia da figura e essa repete, até na linguagem, no estilo, as características conhecidas de José Gomes Ferreira.
O escritor português, mesmo quando procura inserir-se em paisagens de países desenvolvidos, leva consigo as nostalgias do subdesenvolvimento: extasia-se perante uma mesa bem fornecida de viandas, aspira pela carne perfumada de mulher e recusa-se a morrer. O que nos versos de José Gomes Ferreira é tema corrente - o mito marialvista da supremacia ou coragem masculina e a busca incessante da mulher ideal -acontece em Tempo Escandinavo (página 34). Assim como o remorso que acompanha e autor, sempre que a miséria ou a desgraça, perto dele, contrastam com o seu conforto ou a sua segurança. O mundo dos "humilhados" é visto pelo autor da Imitação dos Dias e de Memória das Palavras, sempre com um despertar de consciência, logo ali expresso e confesso. Também a solidão, sempre acompanha como leit-motiv este Tempo Escandinavo (página 43).
Leia-se ainda:
"Na dança e na cama, quem manda é o homem." ( página 46)
"Ouve, velho Tolstoi: se fosse obrigado a morrer acompanhado, aqui, nesta paisagem transida de neve, em vez de um cocheiro inimigo, a cheirar mal, preferia um corpo de mulher, percebes? Forrado de prata fundente!” ( página 28).
Algum leitor ficou com dúvidas sobre a virilidade do autor? Ele preocupa-se em que não.
Corolário deste marialvismo é a inevitável obsessão da virgindade feminina que, segundo parece, também obceca os noruegueses e não só os eroticamente subdesenvolvidos: "Tenho uma irmã que também diz que o marido estava virgem quando se casou. Mas eu não acredito. As mulheres são muito gabarolas.”
Discutir as origens do amor e do ódio no subdesenvolvimento português e nas fomes várias que caracterizam a nossa história, seria contributo para a compreensão profunda de uma mitologia que não assume só em José Gomes Ferreira formulação romanesca mas em outros autores portugueses, contemporâneos e não. Trata-se de uma limitação que só uma conversão radical superaria e que, entre nós, apenas alguns, por golpe no abismo ou violenta auto-educação, conseguiram.
Aquilino Rlbeiro e Teixeira Gomes continuam a pesar, obstinadamente, nos costumes literários e, mesmo os que saíram das fronteiras, poucos foram além deles, na vivência do amor e do ódio tal como uma tradição tão claustral e freirática nos transmitiu e de que estamos impregnados até aos ossos. Sá Carneiro, em Paris, foi um dos mais trágicos herdeiros dessa ancestral escravidão e seu embaixador.
Sem ir falar dos versos portugueses e do lirismo que o Dr. Gaspar Simões diagnostica quando pode, nem de Sóror Mariana, sublinhe-se o que de tradição marialvista (forma predilecta de racismo moral, entre latinos) se pode captar por exemplo em Júlio Dantas.
Pois: isto tudo era só para dizer que o racismo tem formas implícitas e difusas que convém, de vez em quando, explicitar.
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(*) Publicado no semanário «Notícias da Amadora», 4/9/1971
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UNAMUNO 1990

1-2 - 90-09-04-ls> leituras selectas do ac - entropia

4-9-1990

O DESESPERO DOS HEDONISTAS

A palavra «entropia» ainda não estava na moda quando Miguel de Unamuno escreveu «Del Sentimiento Tragico de la Vida», que agora aparece em nova tradução portuguesa(*). Em 1953, a editora Educação Nacional, do Porto, publicara a versão de Cruz Malpique, mais literal e académica do que esta que o Círculo de Leitores agora apresentou.
Para o filósofo de Salamanca - também romancista, poeta e dramaturgo - a condição humana já era entendida como maldição e prova, no que andou muito perto dos «pessimistas» como Schopenhauer, Nietzsche, Leopardi ou Kierkegaard e também de muitos que se viram englobados no rótulo de «existencialistas».
Mas de uns e outros ele se demarcou, pela intuição central que o título desta obra particularmente expressa: o «sentido trágico da vida» seria o sentido entrópico da vida que regula todos os sistemas morais do Ocidente, baseados num cego, obstinado e estúpido hedonismo. Essa seria, no Ocidente, a nossa «doença», que levámos séculos a difundir pelo Mundo, como a maior pandemia da História. Perdemos as raízes da sabedoria, que consistia exactamente em saber que o homem é energia e que toda a ciência se deverá resumir, afinal, em conhecer a arte de administrar essa energia.
A nossa «doença» chama-se «ignorância» e daí, dessa ignorância, o sentido trágico e cego do caminhar por este mundo. Ler Miguel de Unamuno e o seu diagóstico, é ler os sintomas exacerbados da Doença que se reconhece, confessa mas não ultrapassa, e isso ainda por preconceito «cultural».
Fala Unamuno dos «Upanishads» mas o seu despeito irritado logo se revela nesta acusação ao monismo das cosmologias extremo-orientais que da Energia sabiam como ninguém mais voltou a saber: «aquilo a que eu aspiro, não é submergir-me no grande todo, na Matéria, ou na Força, infinitas e eternas, ou em Deus. Aquilo a que eu aspiro não é a ser possuído por Deus, mas a possuí-lo, a fazer-me Deus, sem deixar de ser o eu que vos digo ser neste momento. »
A «doença» ocidental, a que Unamuno chama «tragédia», um tanto exageradamente, caracteriza-se por criar essa espécie de catarata ideológica que impede de ver tudo quanto não seja e não ajude ao progresso da própria doença.
Para lá do interesse quase mórbido que a sua fascinante leitura suscita, especialmente aos que gostem de romances policiais, para lá do muito que se aprende e sofre neste testemuno humano de beleza inigualável que é o livro de Unamuno, importa ao militante da Heresia detectar algumas passagens francamente demonstrativas do apego ao erro e da rejeição apriorística das raras janelas terapêuticas que se podem abrir.
Pobres filósofos como este «trágico» Unamuno que, na imensa noite e na imensa doença da «civilização» ocidental, marraram contra as paredes do cárcere, não vendo que eram de vidro..., muitas vezes tendo na mão o amuleto - a intuição central da entropia cósmica - capaz de exorcismar angústias, revoltas, desesperos, mas sem o saber utilizar. Mais: alguns deles, como Unamuno, tiveram o amuleto na mão e deitaram-no fora.
Os filósofos ditos «pessimistas» e, em séculos mais recentes, os «existencialistas», com seus gritos, aflições, insónias e calafrios, são bem a imagem, o sintoma de uma «doença» cada dia mais incurável e de que a Poluição e suas sequelas é apenas um dos sintomas mais ridículos e insignificantes. Mas foi ela, a Poluição, que obrigou alguém a descobrir a palavra Entropia. Valha-nos isso.
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(*) «O Sentimento Trágico da Vida», Miguel de Unamuno, Ed. Círculo de Leitores
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Wednesday, August 30, 2006

D. DOLCI 1965

65-09-01-ls> = leituras selectas do ac - dolci-4> profetas do futuro - notas de leitura

DANILO DOLCI: INQUÉRITO EM PALERMO

1-9-1965

[(*) Este texto foi publicado na revista mensal «Ocidente» (Lisboa), nº 327, Setembro de 1965 ]

Sobre uma das regiões mais áridas e desprotegidas do globo - a Sicília - incide este estudo estatístico de Danilo Dolci. Inquérito ao camponês da Sicília, documentário sem concessões fáceis ao demagógico, a realidade apresenta-se desmistificada e, seja qual for o propósito com que depois se aproveite o material recolhido, não deixa de ter valor intrínseco e de incitar, não só a estudos idênticos mas a uma acção planificada de fomento nessas e noutras regiões.
Para uma acção política inteligente, esta é a base imprescindível, a base experimental e segura de que se pode e deve partir. O autor inspira-se numa ideologia com afinidades no internacional-sindicalismo, forma de solucionar os problemas que está longe de evitar e vencer contradições gritantes, escandalosas. O livro terá por isso de ler-se com a prudência que a sua inspiração ideológica aconselha. Mas também com o entusiasmo e a objectividade que suscita. Se as boas intenções não chegam, e são às vezes mais trágicas que as más (declaradamente más), cremos que o livro ‘Inquérito em Palermo’ (**) está cheio de boas intenções e constitui um contributo positivo para as soluções do problema siciliano e o de regiões similares (o nosso Alentejo, por exemplo e para não irmos mais longe).
A realização de inquéritos congéneres reflecte aliás o clima político sui-generis que se respira actualmente em Itália, depois de o seu povo ter conhecido o alto preço a pagar por uma política radical. Compete aos escritores de todas as tendências aproveitar as abertas liberais que lhes permitam dar voz ao seu povo e acelerar assim o progresso, o que os católicos estão a fazer, com zelo e denodo.
Mesmo literariamente, ‘Inquérito em Palermo’ resulta um livro fascinante, muito acima dos trechos literários realistas, a meio caminho entre a realidade desmascarada e a realidade mistificada. Por este livro se conclui como as morais em uso são obsoletas e como o ofício de pregador tem de substituir-se, urgentemente, pelo do investigador sociológico. Saber e compreender as causas dos problemas, se não é resolvê-los, é pelo menos tornar obsoletos, anacrónicos e absurdos os discursos sobre o dever, o crime, a justiça, o pecado e etc.,- em que aliás a moral inspiradora destes e de outros livros continua teimando. De onde emana a contradição básica que teremos de assinalar na obra.
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(*) Este texto foi publicado na revista mensal «Ocidente» (Lisboa), nº 327, Setembro de 1965
(**) «Inquérito em Palermo», por Danilo Dolci, Col. «História de Hoje», Morais Editora - Lisboa, 1964

E. FROMM 1965

fromm-1> notas de leitura

A PSICANÁLISE DE ERICH FROMM (*)

[(*) Este texto foi publicado na revista «Ocidente» (Lisboa) , nº 327, Setembro de 1965 ]

Sem valores ou pseudo-valores, sem ideais que mobilizem a vontade, sem molas ou mitos que impulsionem a acção, as sociedades não podem viver.
Erich Fromm, na linha de todos os moralistas, verifica a falência geral de valores e propõe que se adoptem outros. Estes, por sua vez, hão-de ser negados e substituídos. A arte de viver não se aprende, a felicidade existe apenas nos folhetins (ou nos livros de lorde Bertrand Russell) e os sistemas de moral fizeram-se para encher papel e para os seus autores dormirem ao pé, de consciência enfim apaziguada.
Entre o niilismo e a hipocrisia, o homem ocidental não tem saída, e é sempre comovedor ver os esforços dos intelectuais, filósofos e mais gente de bem, encarregados de imaginar a «grandeza» dos homens sobre a sua abjecção. Sem saída, talvez sem solução, o animal civilizado limita-se a cumprir o absurdo histórico da maneira mais cómoda e com a maior soma de prazeres físicos.
Erich Fromm retoma, neste ensaio editado pela Minotauro,(**) o rochedo de Sísifo. Para a subida, enfeitou-se de bons mestres: Buda, Lao Tse, Platão, Espinosa, Stirner, Nietzsche. Leu os moralistas de todas as épocas, aprendeu os seus conselhos, abstraiu das existências concretas (as únicas onde a moral se decide e, mais cedo ou mais tarde, malogra) e, à luz da psicanálise, propõe mais um sistema ético, mais um humanismo onde se afirma a esperança nos homens e nos valores. Pretende indicar aos leitores uma ciência aplicada da arte de viver. Repete a lição e repetir-se-á, com certeza, a sua inanidade.
O psicanalista iria encontrar abundante matéria-prima na sociedade fabril dos grandes urbes capitalistas. Muitos fariam carreira e fortuna, abrindo clínica e psicanalisando pessoas da alta ou média burguesia. Outros escreveriam livros e o seu nome seria célebre em todo o mundo: Karen Horney e Erich Fromm, cujos livros falam às multidões e dão o sustento teórico de que o cidadão médio americano carece depois de ver ou ler Tennessee Williams, são dois desses nomes.
Erich Fromm, além da sedução própria de todos os moralistas (que prometem a felicidade a toda a gente) possui mesmo um estilo vivo e cativante, claro, didacticamente acessível, que o recomenda a largos públicos. Ele e os da sua escola contribuíram na América do Norte para corrigir, com uma perspectiva social, o individualismo puramente biológico de Freud. A escola americana da psicanálise, conseguiu juntar o útil ao agradável e remoçou os dogmas da ortodoxia inicial.
O mais filósofo de todos eles - Erich Fromm - procurou para as teorias científicas um suporte filosófico, uma audaciosa síntese de todos os humanismos clássicos e contemporâneos, incluindo o marxista. Desafiaria os monismos rígidos que, mesmo em nome da dialéctica, se mostram por vezes tão pouco dialécticos. Resta saber até que ponto essa síntese, idealmente desejável, se concretizará numa futura praxis. Por enquanto a voz dos niilistas continua a ter muita razão e a dar dores de cabeça aos autores de sistemas morais.
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(*) Este texto foi publicado na revista «Ocidente» (Lisboa) , nº 327, Setembro de 1965
(**) «Ética e psicanálise» - ensaio de Erich Fromm - tradução de João José Esteves da Silva - Editorial Minotauro - Lisboa -1966
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